O Museu de Lamego fechará a partir de sábado para obras de requalificação, com um investimento de 1,5 milhões de euros, segundo o presidente da câmara, Francisco Lopes.
O Museu de Lamego será encerrado ao público a partir deste sábado, devido a um projeto de requalificação que terá um custo aproximado de 1,5 milhões de euros. A informação foi divulgada hoje à agência Lusa pelo presidente da câmara municipal, Francisco Lopes.
As obras estão previstas para serem concluídas em junho de 2024 e fazem parte do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), através de um contrato interadministrativo firmado entre a Câmara Municipal de Lamego e o Património Cultural - Instituto Público.
De acordo com Francisco Lopes, esta intervenção representa a segunda fase das obras no museu, focando-se especialmente na estrutura do edifício e na cobertura, além de remodelações internas que visam proporcionar maior conforto térmico, criar espaços mais apropriados para os colaboradores e garantir a melhor preservação do espólio, assim como a satisfação dos visitantes.
Simultaneamente, será instalada uma rede wi-fi no museu, um passo necessário face ao aumento de equipamentos interativos e exposições digitais que caracterizam o setor museológico contemporâneo. Este desenvolvimento também abrangerá o Convento de Santo António de Ferreirim.
O autarca revelou que uma terceira fase das obras, também integrada no PRR, focará o projeto museológico propriamente dito.
Estava previsto o lançamento desta fase até outubro de 2023, mas após dois concursos em que não surgiram propostas, a adjudicação só aconteceu na terceira tentativa, onde apenas uma empresa se apresentou. Francisco Lopes explicou que, em virtude da complexidade técnica de certas intervenções, alguns trabalhos tiveram que ser excluídos, uma vez que os empreiteiros enfrentam limitações em termos de recursos humanos, especialmente na área de especialização.
O autarca lamentou que, apesar do aumento do valor de adjudicação de 1,2 milhões para 1,7 milhões de euros, a situação não tenha sido resolvida. “Apenas simplificando os procedimentos é que conseguimos candidatos, mas mesmo assim apenas um se interessou”, referiu.
A Câmara Municipal enfrenta, atualmente, um aumento de custos que ronda os 30% em relação a períodos anteriores, atribuindo esta situação a uma falta de planificação na gestão dos equipamentos públicos.
A primeira fase das obras, que levou ao encerramento do museu no final de 2021, resultou num investimento superior a um milhão de euros.