Pilotos da TACV iniciam greve de cinco dias por melhores condições de trabalho, segurança operacional e proteção da saúde. O sindicato pede reunião com o Estado para discutir exigências.
Os pilotos de voos internacionais da companhia estatal Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) iniciaram, esta terça-feira, uma greve de cinco dias em protesto por melhores condições laborais. As demandas incluem um aumento da segurança operacional e uma maior proteção da saúde dos profissionais, conforme indicado por representantes sindicais.
Edmilson Aguiar, presidente do Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil (SNPAC), manifestou preocupação, apelando ao proprietário da empresa, que é o Estado, para que dialogue com a classe e trate das questões apresentadas. “Não vamos aceitar mais promessas”, sublinhou Aguiar, lembrando que esta é uma profissão onde o stress não deve ter espaço.
O caderno reivindicativo encontra-se em negociação há aproximadamente 10 meses e, entre os 30 pilotos envolvidos, apenas um não se encontra sindicalizado, o que assegura uma grande adesão à paralisação.
Por sua vez, Pedro Barros, presidente da TACV, reconheceu que as reivindicações são "legítimas", embora tenha indicado que existem desavenças relacionadas aos prazos e à implementação das soluções propostas. Estas declarações foram feitas à Inforpress, Agência Cabo-verdiana de Notícias.
No que diz respeito aos passageiros afetados, cuja quantidade não foi especificada, a TACV compromete-se a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para minimizar os inconvenientes causados pela greve.
Caso as negociações não avancem, o SNPAC já considera a possibilidade de anunciar uma nova greve para o mês de julho.