Um grupo de trabalho propôs que o Governo avalie tratamentos não cirúrgicos para utentes que aguardam intervenções cirúrgicas, visando aliviar listas de espera.
Um grupo de trabalho dedicado ao acompanhamento do Plano de Emergência e Transformação da Saúde (PETS) sugeriu que o Governo considere a utilização de tratamentos não cirúrgicos para os utentes que se encontram à espera de cirurgias. Esta recomendação surge num documento de monitorização que inclui dados até 31 de março e foi analisado pela Lusa.
A proposta de explorar opções não cirúrgicas, especialmente nas áreas de intervenção vascular, cardiovascular e broncológica, visa facilitar a resolução de casos que aguardam por cirurgia, ajudando a descongestionar o sistema de saúde.
O PETS, que foi apresentado pelo Executivo em maio do ano passado, inclui uma série de medidas urgentes e estratégicas destinadas a otimizar a resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) às necessidades da população.
Dentro dos cinco eixos estratégicos do plano, os especialistas assinalaram que todas as medidas urgentes do Eixo 1 - Resposta a Tempo e Horas foram concretizadas, enquanto duas das três medidas prioritárias foram também finalizadas. Contudo, a terceira, que diz respeito à definição de uma nova prioridade clínica para doentes oncológicos, ainda está a ser trabalhada.
No Eixo 2, dedicado a Bebés e Mães em Segurança, os peritos voltaram a destacar a dificuldade na separação das especialidades de Ginecologia e Obstetrícia. Apesar de algumas medidas terem sido parcialmente implementadas, como a atribuição de incentivos financeiros para aumentar a capacidade de partos, a sua efetividade ainda é limitada.
Os especialistas também ressaltaram a importância de reforçar a comunicação com a população sobre os circuitos de atendimento e a disponibilidade de recursos, bem como revisar os processos de acompanhamento das grávidas por enfermeiros especializados.
Em relação aos Cuidados Urgentes e Emergentes, a requalificação dos serviços de urgência geral e psiquiátrica, que deveria ter sido concluída até agosto de 2024, não está a ser cumprida. O documento também menciona a operação de 15 Centros de Atendimento Clínico para casos agudos menores, sugerindo a criação de novos indicadores para avaliar o impacto desta iniciativa.