CGD regista aumento de 28% nos prémios dos seus trabalhadores

Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), anunciou esta manhã que os prémios destinados aos trabalhadores do banco registaram um aumento de 28%, rejeitando acusações de que a instituição não cumpre com os pagamentos devidos. "É completamente falso. Estão a tentar desacreditar a administração da Caixa, que não é responsável pela avaliação de prémios", afirmou Macedo, durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre, em Lisboa.

O líder da CGD respondeu a um comunicado da Comissão de Trabalhadores (CT) que denunciava a não utilização integral do montante destinado aos prémios da rede comercial, mesmo após o cumprimento dos objetivos estabelecidos. Macedo defendeu que a responsabilidade pela atribuição de prémios cabe a cerca de 1.100 hierarquias que avaliam, ao longo do ano, os 6.000 trabalhadores, com o suporte da Direção de Recursos Humanos e outras direções competentes.

Além disso, o dirigente sublinhou que a CGD promoveu 21% dos seus colaboradores, totalizando mais de 800 promoções no ano em curso. A remuneração mínima na instituição já ultrapassou os 1.700 euros, o que representa um aumento de 10% em relação ao ano passado, com a remuneração média a fixar-se acima dos 2.500 euros, conforme indicado por Macedo.

O presidente da CGD comentou também que a instituição alcançou o melhor resultado na satisfação dos colaboradores, realçando que a boa gestão e os resultados positivos do banco público são frequentemente alvo de inveja. "É irónico que um banco público bem gerido e lucrativo gere este tipo de reações", concluiu.

Enquanto isso, a Comissão de Trabalhadores expressou a sua preocupação com a falta de transparência, apontando que mais de 500 mil euros do orçamento para prémios comerciais não foram utilizados. Em resposta, a CGD explicou que a atribuição de incentivos comerciais é atrelada ao cumprimento de objetivos, podendo resultar em que nem todos os colaboradores recebam seus prémios em cada ciclo.