País

Avaliação do Impacto da Consulta do Dia Seguinte nos Cuidados de Saúde: Necessidade de Mais Dados

há 2 dias

Especialistas alertam para a ausência de dados adequados que impossibilitam a avaliação do impacto da consulta do dia seguinte nos Cuidados de Saúde Primários, uma medida do governo já considerada concluída.

Avaliação do Impacto da Consulta do Dia Seguinte nos Cuidados de Saúde: Necessidade de Mais Dados

No recente relatório de monitorização referente ao Plano de Emergência e Transformação da Saúde (PETS), datado de 31 de março, os especialistas que acompanham a implementação das políticas de saúde revelam a dificuldade em avaliar o impacto da consulta do dia seguinte. A medida, orientada para atender a situações agudas de menor complexidade, é parte do Eixo 3 – Cuidados Urgentes e Emergentes.

De acordo com o documento, o grupo de peritos destaca que, apesar de terem acesso a informações sobre o número de agendamentos efetuados através da iniciativa "Ligue antes, Salve vidas" – desenvolvida para encorajar as pessoas a utilizarem a Linha SNS 24 antes de irem ao hospital –, não dispõem de dados suficientes para uma análise completa. "Sem números totais de urgências hospitalares e contactos com a Linha SNS 24, uma análise comparativa sobre o impacto desta medida é inviável", frisam os especialistas.

Anteriormente, num relatório apresentado em dezembro, já tinham apontado incongruências nos dados referentes aos encaminhamentos de doentes pela Linha SNS 24, constatando discrepâncias significativas nos números apresentados (549.805). Questionam, por exemplo, como é possível que uma parte tão grande dos encaminhamentos resultasse numa quantidade limitada de efetiva concretização.

Além disso, a nova monitorização reconhece progressos desde a última avaliação, mas os peritos insistem na necessidade de novos indicadores que permitam mensurar de forma adequada o impacto e a eficácia da consulta do dia seguinte.

No que diz respeito a outras medidas do PETS, como a liberação de camas indevidamente ocupadas, o grupo de trabalho identifica uma melhoria nas 1.611 camas contratualizadas em comparação com 538 do primeiro relatório, embora sugira também o desenvolvimento de indicadores específicos.

Por último, sobre os programas de vacinação contra o Vírus da Gripe e o Vírus Sincicial Respiratório, os especialistas lamentam a escassez de dados, como as taxas de vacinação, que são essenciais para avaliar a eficácia das campanhas em relação a anos anteriores.

Tags:
#SaúdeEmFoco #DadosQueFalam #CuidadosPrimários