Cultura

Tributo à Memória de Sebastião Salgado: Um Legado Inestimável na Fotografia e na Ecologia

há 5 horas

A ministra da Cultura de Portugal, Dalila Rodrigues, recorda com pesar o falecimento de Sebastião Salgado, destacando o seu vital legado artístico e ambiental.

Tributo à Memória de Sebastião Salgado: Um Legado Inestimável na Fotografia e na Ecologia

A ministra da Cultura de Portugal, Dalila Rodrigues, expressou o seu profundo pesar pela morte do renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, referindo-se ao “legado inestimável” que deixou na fotografia.

“Sebastião Salgado, com uma carreira reconhecida internacionalmente, através dos seus notáveis trabalhos a preto e branco, fez contribuições significativas para as artes, para o fotojornalismo e o documentário”, sublinhou a ministra em comunicado oficial.

Dalila Rodrigues destacou também o comprometimento de Salgado com as questões ambientais, numa parceria com a esposa, Lélia Deluiz Wanick Salgado. Juntos, fundaram o Instituto Terra, uma ONG focada na reflorestação da Mata Atlântica, recuperação da biodiversidade e educação ambiental.

Reconhecido como um dos maiores fotógrafos do mundo, Sebastião Salgado faleceu aos 81 anos no dia em que foi inaugurada a exposição “Venham Mais Cinco -- O Olhar Estrangeiro sobre a Revolução Portuguesa (1974--1975)” em Almada, que apresenta algumas das suas icónicas fotografias da revolução portuguesa.

Na época da Revolução dos Cravos de 1974, Salgado residia em Paris, onde começou a sua jornada na fotografia após concluir os seus estudos em Economia. Ele capturou momentos marcantes de transição não apenas em Portugal, mas também em Angola e Moçambique, colaborando com as agências Sygma, Gamma e Magnum.

Recordando aquela época, Salgado mencionou: “Todos os que tinham ideias libertárias na Europa foram para Portugal, na esperança de um grande país democrático. Portugal tornou-se um sonho, mas havia dificuldades, como a escassez de alimentos que obrigava as pessoas a esperar na fila por horas.”

Nascido a 8 de Fevereiro de 1944, em Aimorés, Minas Gerais, Salgado formou-se em Economia antes de se dedicar totalmente à fotografia em Paris, em 1973.

Em 1993, apresentou uma exposição ambiciosa em Portugal durante a abertura do Centro Cultural de Belém, onde exibiu cerca de 250 obras. Em 2014, mostrou a série “Génesis”, relacionada com a natureza, na Cordoaria Nacional.

Um ano depois, os cinemas portugueses apresentaram o documentário “O Sal da Terra”, dirigido por Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, que retrata a vida e a obra do fotógrafo.

Salgado, que fez parte de agências de prestígio como Sygma, Gamma e Magnum, lançou a Amazonas Images com a sua esposa em 1994 e, juntos, impulsionaram a criação do Instituto Terra, dedicado à preservação ambiental no Brasil.

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