Zelensky critica EUA por desvio de mísseis destinados à Ucrânia

Na sua mais recente declaração, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou os Estados Unidos de desviarem 20 mil mísseis que tinham sido anteriormente prometidos à sua nação pelo governo do ex-presidente Joe Biden. Em entrevista à ABC, Zelensky afirmou que o projeto, que envolvia esses mísseis essenciais para combater os drones iranianos Shaheed, não era financeiramente oneroso, mas envolvia tecnologia especializada.

“Contávamos ter esses mísseis para a nossa defesa, mas o meu ministro da Defesa notificou-me esta manhã que foram enviados para a região do Médio Oriente”, lamentou ele.

A informação sobre a redistribuição de tecnologia de defesa crucial para a Ucrânia não é nova e já havia sido relatada anteriormente, conforme noticiou a agência espanhola Europa Press, indicando decisões semelhantes do governo do atual presidente Joe Biden.

Além disso, Zelensky comentou sobre as negociações de troca de prisioneiros com a Rússia, expressando a sua frustração pela falta de uma lista definitiva dos prisioneiros que deveriam ser trocados. “Estamos a fazer tudo ao nosso alcance para garantir o regresso dos nossos soldados e a libertação dos prisioneiros, mas ainda não recebemos a lista completa da Rússia”, destacou Zelensky durante um discurso noturno.

O presidente ucraniano sublinhou que as ações da Rússia nesta questão humanitária podem comprometer os esforços internacionais, especialmente os dos Estados Unidos, nas negociações de paz e diplomacia. “Se os russos não cumprirem estes acordos, a credibilidade de todas as iniciativas será questionada”, afirmou.

Entretanto, soube-se que a Rússia transportou em camiões frigoríficos os restos mortais de cerca de 1.200 militares ucranianos, com a intenção de os entregar à Ucrânia, embora as fontes indiquem que essa entrega está prevista apenas para a próxima semana.