Wall Street encerra em alta impulsionada pela resiliência económica

A bolsa nova-iorquina registou hoje um final positivo, impulsionada pela percepção de uma economia resiliente, mesmo face ao agravamento das tensões comerciais entre os Estados Unidos e os seus parceiros. O índice Dow Jones Industrial Average fechou em alta, com um ganho de 0,08%, enquanto o Nasdaq, que representa o setor tecnológico, subiu 0,67%. O S&P 500, que abrange um espectro mais amplo de ações, também avançou, subindo 0,41%.

Recentemente, a China manifestou a sua "firme rejeição" às alegações dos EUA sobre a violação de um acordo sobre a redução recíproca de tarifas, o que exacerba as incertezas nas relações comerciais. O pacto, alcançado no mês passado, tinha como objetivo evitar um aumento significativo das tarifas, que chegaram a 125% para produtos norte-americanos e 145% para os chineses.

Ainda assim, a tensão aumenta, com Donald Trump a anunciar que as tarifas sobre o aço e alumínio serão aumentadas de 25% para 50% a partir de quarta-feira.

Angelo Kourkafas, analista da Edward Jones, comentou que os investidores estão cada vez mais indiferentes a estas notícias sobre tarifas, pois têm assistido a uma série de alterações de posição. "Os operadores de mercado estão agora mais focados na informação económica e na época dos resultados das empresas, que, apesar da incerteza, fornecem algum suporte," acrescentou.

Em termos de desempenho, a atividade industrial nos EUA continuou a mostrar um declínio, tendo caído pelo terceiro mês consecutivo em maio, com um índice a indicar uma redução para 48,5% comparado com 48,7% no mês anterior. No entanto, os resultados positivos de gigantes da tecnologia, como a Nvidia (+1,67%), Broadcom (+2,74%), AMD (+3,55%) e Micron (+3,94%), contribuíram para o otimismo.

Outras grandes empresas tecnológicas também se destacaram em alta, incluindo a Microsoft (+0,35%) e a Apple (+0,42%). De acordo com a Briefing.com, "a força relativa das ações de grande capitalização ajudou a apoiar o mercado como um todo."