Viseu Propõe Inclusão da Dança da Morgadinha no Património Imaterial

A Dança da Morgadinha, que se destaca como a principal atracão das Cavalhadas de Teivas, poderá em breve ser reconhecida oficialmente como Património Cultural Imaterial. Esta candidatura foi anunciada pela vereadora da Cultura, Leonor Barata, durante uma apresentação das atividades programadas para o verão.

Com uma centena de participantes a dançar em pares, a performance é acompanhada por trajes coloridos e um desfile que inclui carros alegóricos, grupos de bombos, filarmónicas e muito mais. Leonor Barata afirmou que "as nossas tradições são extremamente ricas e merecem ser documentadas".

Fernanda Mendes, responsável pela Divisão da Cultura e Turismo da Câmara, revelou que o dossier da candidatura está pronto e a documentação está prestes a ser submetida, prevendo concluir este processo nas próximas duas semanas. "Toda a comunidade está envolvida, desde crianças a adultos, o que fortalece nossa posição", destacou.

Atualmente, as Cavalhadas de Teivas contam com cerca de 500 participantes que, ao longo do ano, preparam não só a Dança da Morgadinha, mas também os carros alegóricos que irão desfilar na vila até Viseu.

Com raízes que remontam a 1643, a Dança da Morgadinha começou como uma crítica social às roupas e costumes da época. Esta festividade simboliza a força de uma comunidade trabalhadora, refletindo as suas celebrações através da música e dança, uma essência que é reinterpretada por novas gerações.

Para além desta tradição, a Câmara de Viseu sublinhou a importância das Cavalhadas de Vildemoinhos, cuja 373.ª edição ocorrerá a 24 de junho. Este evento, que remonta a 1652, é uma celebração em honra de São João e está também a ser considerado para uma futura candidatura ao mesmo inventário.

Os eventos de verão incluem ainda a 22.ª edição da Festa das Freguesias, o 27.º Desfile Nacional do Traje Popular Português, e o Verão no Parque, entre muitas outras iniciativas culturais.