O líder interino do PS, Carlos César, anunciou a aprovação de candidatos para a mesa da Assembleia da República, enfatizando a importância da reciprocidade com o PSD.
Carlos César, que assumiu provisoriamente a liderança do Partido Socialista (PS) após a saída de Pedro Nuno Santos, revelou hoje que os deputados socialistas votaram a favor da proposta que valida os nomeados de outras forças políticas para a mesa da Assembleia da República, com ênfase especial para o cargo de presidente. Este anúncio ocorreu no final da reunião do grupo parlamentar do PS, onde foram tomadas as primeiras decisões para a nova legislatura.
"Foi aprovada a minha proposta para que o PS, como consequência natural dos resultados das eleições e em conformidade com as formalidades parlamentares, aprova os candidatos apresentados por outros partidos, especialmente o presidente da Assembleia da República", declarou.
César mencionou ainda ter havido contactos estabelecidos com o PSD, sublinhando a expectativa de que ocorra "a reciprocidade que é esperada" neste contexto.
Na mesma assembleia, que viu o número de deputados do PS reduzido para 58 após a derrota eleitoral de 18 de maio, foram também confirmados os nomes de Marcos Perestrello como vice-presidente da mesa e das deputadas Joana Lima e Susana Correia para os outros cargos que pertencem ao PS.
Relativamente às perspectivas do novo governo, Carlos César reafirmou a posição previamente expressa nas audiências com o Presidente da República. "O que é normal, à luz dos resultados eleitorais, é que a Aliança Democrática forme governo, tome posse e que seu programa não enfrente obstáculos. O PS não apoiará qualquer tentativa de rejeição a tal processo no parlamento e defenderá a normalidade na instalação do próximo governo", afirmou.
Quando questionado se esta linha de pensamento tinha sido consensual na bancada, o líder interino do PS destacou que existe "uma ampla maioria no Partido Socialista" a respaldar essa decisão. "Já discuti este assunto no âmbito do atual Secretariado Nacional, frisando que não faz sentido inviabilizar o programa do novo governo, sendo imprescindível evitar ambiguidade nas nossas votações", concluiu.