O movimento Climáximo organizou uma manifestação este domingo junto ao aeroporto de Lisboa, exigindo medidas urgentes para mitigar a crise climática e reivindicando transportes públicos gratuitos.
Na tarde deste domingo, o movimento ambientalista Climáximo promoveu um protesto nas imediações do aeroporto de Lisboa, com o objetivo de “combatê-la crise climática” e reivindicar a implementação de transportes gratuitos e a redução das emissões de gases de efeito estufa.
O ponto de encontro da manifestação, designada de “assentada popular”, foi marcado para as 15:00 na rotunda do Relógio, na Avenida do Brasil, a uma curta distância de um dos acessos ao aeroporto, com a intenção de causar “disrupção durante a hora de pico dos voos”.
De acordo com um comunicado do Climáximo, o aeroporto Humberto Delgado é “a infraestrutura mais poluente do país”, servindo como um reflexo não apenas da crescente turistificação nas cidades, mas também do impacto alarmante da indústria da aviação global.
O grupo critica o aeroporto de Lisboa e a sua ligação à crise climática, mencionando desastres, como as recentes cheias em Valência. O Climáximo condena a existência de um “consenso parlamentar” que apoia a construção de um novo aeroporto na região de Alcochete, considerando-o “uma bomba de carbono” que agravará a situação.
No contexto dos resultados das últimas eleições legislativas, o coletivo defende que o atual sistema não irá resolver a crise, mas sim intensificá-la. “É preciso que nós, cidadãos comuns, sejamos os agentes de mudança e iniciemos uma resistência climática imediata”, expressa o movimento.
A porta-voz do grupo, Maria Lourenço, destacou a urgência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 85% até 2030 para evitar um colapso climático e social. “Esta transformação requer a liderança do poder popular, não das corporações e governos. Na aviação, é imperativo que cancelemos novos projetos de expansão e o uso irracional de jatos privados e voos de curta distância, como Lisboa-Porto”, enfatiza.
Além disso, Lourenço sublinha a necessidade premente de um “investimento massivo em transportes públicos gratuitos e eletrificados” que cubram todo o território do país e tenham boas ligações internacionais. “Não podemos permitir que tragédias semelhantes a Valência voltem a ocorrer. Nós, cidadãos comuns, não escolhemos viver sob a ameaça da crise climática, mas temos a responsabilidade de nos unir e fortalecer o poder popular para enfrentá-la e responsabilizar os causadores”, conclui.