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Problemas na distribuição dos CTT em Évora: novos modelos, atrasos e greves

há 1 dia

O recente modelo de distribuição dos CTT em Évora gera desconforto entre trabalhadores e atrasos na entrega de correspondência, levando a greves e queixas de residentes.

Problemas na distribuição dos CTT em Évora: novos modelos, atrasos e greves

O novo sistema de distribuição postal implementado pelos CTT na região de Évora está a provocar sérios atrasos nas entregas e um clima de descontentamento entre os trabalhadores, que iniciaram uma greve parcial, segundo informações de fontes sindicais.

Em resposta a questões da agência Lusa, os CTT confirmaram a implementação de um "novo modelo de distribuição" na área, pretendendo "melhorar o serviço ao cliente e reforçar a qualidade". Contudo, reconhecem que "é natural que surjam constrangimentos" durante este processo de adaptação e esperam que a situação se normalize nas próximas semanas.

O secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), Eduardo Rita, disse que em Évora está a ser testado um "projeto-piloto" que altera a forma como a distribuição é feita. "Este sistema implica voltas cruzadas. O carteiro que fazia a entrega de registos agora apenas entrega correspondência regular", explicou.

Eduardo Rita acrescentou que as cartas registadas passaram a ser entregues por profissionais do Serviço de Correio Expresso, o que está a criar confusão, uma vez que "três ou quatro carteiros passam pelo mesmo local". Além disso, mencionou que os trabalhadores estão a enfrentar voltas diárias bastante longas, com alguns percorrendo 240 quilómetros em veículos e outros a pé, que se vêem obrigados a aumentar as suas rotas quando faltam colegas.

A alteração dos horários, que agora proporciona pausas longas para o almoço e serviços que têm de ser realizados nas horas mais quentes do dia, também foi criticada. Os trabalhadores da área do Código Postal de Évora estão em greve ao segundo período de trabalho desde segunda-feira e até dia 13 deste mês, com o SNTCT a garantir que a paralisação não é causada pelo atraso das entregas dos registos.

Os atrasos nas entregas de correspondência registada já eram uma realidade antes da greve, com "mais de 2.000 registos por dia a não saírem para a rua". A ANACOM, entidade reguladora das comunicações postais, recebeu queixas de residentes de Évora sobre este problema. Os CTT, como prestadores do serviço postal universal, devem assegurar níveis adequados de qualidade, especialmente no que toca a prazos e fiabilidade, e a ANACOM considera que, em caso de falha, poderá propor compensações para os utilizadores.

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