O Exército de Israel relata a detecção de disparos de rockets provenientes da Síria, assinalando um marco após a queda do regime de Bashar al-Assad. Conflito intensifica-se na região.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram hoje que, pela primeira vez desde a desestabilização do regime de Bashar al-Assad em dezembro passado, foram detectados disparos de rockets a partir da Síria. Os projéteis caíram em áreas abertas do território israelita, engendrando o acionamento de sirenes de alerta em colonatos como Haspin e Ramat Magshim, situados nos Montes Golã ocupados.
A agência estatal síria, Sana, reportou mais tarde que o Exército israelita efetuou bombardeamentos sobre posições sírias nas proximidades do rio Yarmouk, localizado na província de Daraa, no sudoeste do país.
Os Montes Golã, um território estrategicamente significante, foi ocupado por Israel durante a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra do Yom Kippur (1973), tendo sido anexado em 1981, um ato que continua a ser contestado pela comunidade internacional.
Na sequência da instabilidade síria, Israel moveu-se para além da linha de demarcação desmilitarizada, mantendo efetivos no sul da Síria sob a justificativa de proteger o seu território.
Em um desenvolvimento paralelo, as IDF informaram a interceção de um míssil lançado do Iémen, pouco depois dos rebeldes Huthis, alinhados com o Irão, terem reivindicado um ataque ao Aeroporto Internacional Ben Gurion. Nos últimos meses, estes rebeldes têm intensificado os seus ataques contra Israel, numa resposta à ofensiva israelita contra o Hamas na Faixa de Gaza, embora não tenham reconhecido oficialmente a autoria do ataque mais recente.