O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, descarta a antecipação de eleições, apesar de pressões da oposição e críticas internas, garantindo que a democracia deve seguir os seus prazos.
No âmbito de uma Conferência de Presidentes realizada em Barcelona, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, fez uma declaração clara sobre o futuro político do país, afirmando que a atual legislatura será mantida até ao final, em 2027. "A nossa intenção é respeitar os tempos da democracia", declarou, respondendo às demandas da oposição e de alguns membros do seu próprio partido.
O Partido Popular (PP), a principal força de oposição, organizou uma manifestação em Madrid marcada para domingo, sob o slogan "máfia ou democracia", em resposta a novas alegações de corrupção que pairam sobre o governo de Sánchez. O líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, que convocou o protesto em maio, defendeu que a voz dos cidadãos deve ser ouvida, especialmente quando as eleições gerais não são convocadas.
Em Barcelona, durante a conferência, dirigentes regionais do PP, incluindo Juanma Moreno, presidente da Andaluzia, expressaram a sua preocupação com a atual situação política, que consideram ser “crítica e convulsa”, argumentando que o governo carece de apoio social e parlamentar.
Sánchez, que voltou a assumir o cargo em novembro de 2023 através de uma coligação complexa, enfrenta desafios significativos na aprovação de legislação, incluindo processos bloqueados. Recentemente, questões relacionadas a corrupção envolvendo pessoas próximas ao primeiro-ministro também têm gerado apelos para uma maior transparência e responsabilidade dentro do partido.
Dirigentes do PSOE e do partido Somar, que faz parte da coligação governamental, já pediram uma resposta firme do governo em relação às suspeitas de corrupção, com alguns a solicitarem a convocação de eleições. A situação política em Espanha continua a ser um tema de intenso debate e análise.