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China e EUA em Negociações Cruciais sobre Tarifas em Londres

há 5 horas

O vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, representa o país nas negociações comerciais com os EUA, em Londres, a partir de segunda-feira, informou o Ministério das Relações Exteriores chinês.

China e EUA em Negociações Cruciais sobre Tarifas em Londres

O vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, liderará a delegação da China nas iminentes negociações comerciais com os representantes dos Estados Unidos, marcadas para a próxima segunda-feira em Londres. A informação foi divulgada hoje pelo Ministério das Relações Exteriores da China.

Segundo um comunicado, He Lifeng visitará o Reino Unido de 08 a 13 de junho a convite do governo britânico, aproveitando a ocasião para participar na primeira reunião do mecanismo de consulta económica e comercial entre a China e os Estados Unidos.

A proximidade de He com o presidente chinês, Xi Jinping, é notável, tendo ele já liderado as negociações comerciais com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, em Genebra, onde foi alcançada uma pausa nas tarifas entre ambas as potências.

Este anúncio surge um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter revelado que uma reunião sobre tarifas seria organizada, conforme discutido numa chamada telefónica com Xi Jinping. A comunicação entre os dois líderes ocorreu logo após Trump ter alegado, sem especificações, uma violação do acordo de pausa tarifária firmado em maio.

A resposta da China alegou que foi os Estados Unidos quem efetivamente violou o acordo, ao impor novas restrições sobre chips e cancelar vistos para estudantes chineses, medidas anunciadas na semana anterior.

Historicamente, as tensões comerciais entre os dois países intensificaram-se após Trump anunciar, em abril, tarifas de pelo menos 10% sobre produtos de todas as origens que entram nos EUA. Os produtos chineses enfrentaram sobretaxas de 34%, além de outros encargos relacionados à luta contra o tráfico de fentanilo, um opiáceo que tem contribuído para uma crise de saúde nos Estados Unidos.

Pequim respondeu com tarifas equivalentes, resultando numa escalada de 125% e 145% sobre os produtos de cada país, o que gerou um considerável abrandamento do comércio entre estas duas grandes potências econômicas.

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