O líder do CDS-PP, Nuno Melo, destacou hoje que a responsabilidade de formar o novo governo recai sobre o primeiro-ministro, sem confirmar o seu futuro como ministro da Defesa.
O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, reafirmou esta quarta-feira a ideia de que a formação do próximo governo é uma prerrogativa do primeiro-ministro. Durante uma conferência de imprensa na sede do partido em Lisboa, Melo sublinhou: "Um governo tem um líder, que é o primeiro-ministro. A formação do governo é uma tarefa que cabe ao primeiro-ministro e, neste momento, há um processo em curso do qual não faço antecipações sobre os próximos passos. O momento certo chegará para falar mais sobre isso."
Questionado sobre a sua continuidade à frente do Ministério da Defesa Nacional, Nuno Melo esquivou-se a dar uma resposta clara, afirmando apenas que desfrutou do seu papel como ministro: "Apenas posso dizer que gostei muito de ser ministro da Defesa".
O líder do CDS-PP também comentou os resultados positivos da Aliança Democrática (AD) nas eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, destacando que o partido conquistou mais votos e mandatos em comparação com o ano anterior. "A AD não só venceu, mas obteve um resultado superior ao que teve há um ano, e isso é um sinal claro dos eleitores", afirmou.
Melo enfatizou que o CDS-PP está agora "mais fortalecido do que em 2022, com melhores condições para enfrentar futuros desafios eleitorais". Segundo o líder do CDS-PP, o partido está equipado com votos, mandatos e um leque de quadros que o distingue de outros partidos, representando uma ideologia única.
No que diz respeito às eleições autárquicas, Nuno Melo afirmou que as decisões sobre candidaturas e potenciais coligações terão em consideração o "interesse geral" do CDS-PP. "O CDS apresentará candidaturas de forma independente, aliado a coligações ou, em alguns casos, apoiando listas independentes", especificou, sem revelar, no entanto, quais serão as suas estratégias nas maiores cidades, Lisboa e Porto.
Durante a reunião do Conselho Nacional do CDS-PP, também foi discutida a análise dos resultados eleitorais e da situação política atual, embora as eleições presidenciais de janeiro do próximo ano não tenham sido abordadas. Melo assegurou que, apesar do apoio do PSD a Luís Marques Mendes e da candidatura do almirante Gouveia e Melo, o CDS-PP não está focado nas presidenciais no momento.
"A AD é uma coligação de dois partidos. O CDS não é o PSD; somos um partido com identidade própria e definições autónomas", concluiu, ao recusar antever quais serão as suas ações nas próximas eleições.
Por fim, Nuno Melo não comentou a possibilidade da candidatura do antigo líder centrista Paulo Portas, afirmando que não se sentia legitimado para opinar sobre candidatos específicos neste momento.