No Dia Mundial dos Oceanos, destacamos como as profundezas marítimas são cruciais para inovações médicas, incluindo um medicamento promissor para o cancro do pulmão.
No dia dedicado aos oceanos, celebrado neste domingo, 8 de junho, é essencial sublinhar o papel vital dos mares na sustentabilidade do clima, proteção da biodiversidade e impulsionamento de avanços científicos e médicos.
Com cerca de 80% das espécies marinhas a residirem nos oceanos, estes fornecem uma rica fonte de inspiração para o desenvolvimento de terapias inovadoras, incluindo novas abordagens no combate ao cancro do pulmão de pequenas células.
O Dr. António Araújo, um especialista em oncologia médica da ULS de Santo António, salienta a gravidade desta forma de cancro e a limitação de progressos significativos nos tratamentos nas últimas décadas.
Em homenagem ao Dia Mundial dos Oceanos, vale a pena mencionar o trabalho da PharmaMar, uma empresa que se dedica a descobrir e desenvolver terapias oncológicas baseadas em substâncias retiradas do mar.
A PharmaMar tem levado a cabo expedições a nível global, explorando as profundezas oceânicas à procura de compostos que possam ser utilizados em tratamentos médicos.
No recente Congresso Anual da ASCO, foram apresentados dados que indicam melhorias notáveis na sobrevida de doentes com cancro do pulmão de pequenas células, devido a um tratamento inovador inspirado pelo mar que está a ser desenvolvido pela PharmaMar.
Depois da descoberta de um potente composto antitumoral nos oceanos, o tratamento passa por rigorosos testes de eficácia e segurança antes de se tornar disponível no mercado, como é o caso da lurbinectedina.
Embora já tenha obtido aprovação nos Estados Unidos, esta terapia ainda aguarda autorização para ser comercializada na Europa, tendo a PharmaMar submetido um Pedido de Autorização de Comercialização à EMA, fundamentado nos resultados encorajadores apresentados na ASCO.