Mulheres que consomem café apresentam maior longevidade e saúde
Um estudo recente revela que o consumo regular de café está associado a uma vida mais longa e saudável para as mulheres.
O debate sobre os benefícios do café para a saúde tem vindo a ser uma constante na comunidade médica e, recentemente, um estudo com 30 anos de duração trouxe resultados encorajadores para as mulheres que apreciam esta bebida.
Pesquisadores analisaram dados relativos a 47.513 mulheres, iniciando a investigação em 1984 e acompanhando-as ao longo de três décadas. As participantes foram convidadas a completar questionários detalhados sobre os seus hábitos alimentares, incluindo informações sobre o consumo de café, café descafeinado, chá e refrigerantes.
Os cientistas concentraram-se na relação entre a ingestão de cafeína e a probabilidade de um envelhecimento saudável. O conceito de "envelhecimento saudável" foi definido como o alcance dos 70 anos ou mais, livre de 11 doenças crónicas, com boa condição física e mental, além de funções cognitivas intactas.
No inquérito realizado em 2016, quase 4.000 das participantes eram consideradas parte do grupo de 'envelhecimento saudável'. Aqueles que tinham entre 45 e 60 anos consumiam, em média, 315 mg de cafeína diariamente, a maior parte proveniente de café tradicional. Isso representa cerca de três pequenas chávenas ou uma chávena e meia grande.
Por outro lado, as mulheres que optaram por chá ou café descafeinado não mostraram efeitos significativos na sua saúde relacionada com o envelhecimento. Além disso, as que consumiram refrigerantes apresentaram uma taxa de envelhecimento saudável até 26% menor para cada chávena ingerida.
A investigadora Sara Mahdavi comentou: "O consumo moderado de café pode representar vantagens significativas, especialmente quando aliado a outras práticas saudáveis, como atividade física regular, alimentação equilibrada e a evitação do tabagismo."
A equipa de Mahdavi está focada em continuar a sua pesquisa para desvendar os compostos bioativos presentes no café que possam interagir com os indicadores genéticos e metabólicos do envelhecimento.
Além deste estudo, pesquisas anteriores já tinham relacionado o café a efeitos benéficos na cognição, demonstrando uma potencial redução no risco de doenças como o Parkinson e a demência.
