Mário Machado foi apanhado pela PJ e começará a cumprir uma pena de 2 anos e 10 meses por incitamento ao ódio e à discriminação.
A Polícia Judiciária deteve, na passada quinta-feira, Mário Machado, um conhecido militante neonazi, que irá cumprir uma pena de dois anos e dez meses de prisão efetiva.
Machado foi condenado, em dezembro do ano transato, pelo Tribunal da Relação devido a crimes de discriminação, incitamento ao ódio e instigação pública. A detenção ocorreu às 16h30 e, segundo o seu advogado, José Manuel Castro, será transferido para o Estabelecimento Prisional de Lisboa, embora tenha solicitado ser movido para a cadeia das Caldas da Rainha.
No entanto, Mário Machado tinha previsto entregar-se na próxima segunda-feira, 26 de maio, o que, conforme o advogado, poderá ter precipitado a sua detenção.
Relembrando os factos, em 2022, uma investigação da PJ levou à condenação de Machado por incitamento ao ódio, com foco em declarações dirigidas especialmente contra a professora e ex-dirigente do Movimento Alternativa Socialista (MAS), Renata Cambra.
O militante perdeu a última oportunidade de recurso no Tribunal Constitucional, que confirmou a sentença do Tribunal da Relação. As alegações de Machado de que as suas declarações eram um “exercício de humor” foram rejeitadas.
As mensagens em questão, associadas a Machado e outro co-arguido, Ricardo Pais, incluíam apelos à “prostituição forçada” de mulheres ligadas a partidos de esquerda, sendo dirigidas em particular a Renata Cambra.
No julgamento inicial, ambos foram condenados a 7 de maio de 2024, sendo que José Manuel Castro expressou a sua surpresa com a severidade da pena, esperando uma absolvição que não se materializou.