As bolsas europeias iniciaram o dia em terreno misto à espera da primeira descida esperada das taxas de juro pelo BCE, que poderá baixar a taxa principal para 2%.
A abertura das bolsas europeias revelou uma panóplia de tendências, enquanto os investidores aguardam a deliberação do Banco Central Europeu (BCE) sobre a taxa de juro. Espera-se que a taxa diretora seja reduzida em 25 pontos base, fixando-se em 2%.
Por volta das 09h30 em Lisboa, o índice EuroStoxx 600 registava um aumento de 0,25%, situando-se nos 552,42 pontos.
As bolsas de Londres e Madrid apresentavam pequenas quedas de 0,01% e 0,08%, respetivamente, enquanto Paris, Frankfurt e Milão viam os seus índices a subir, com aumentos de 0,31%, 0,29% e 0,34%.
A bolsa de Lisboa seguia a mesma tendência e, às 09:30, o PSI crescia 0,26%, atingindo os 7.438,96 pontos, após ter fechado na terça-feira em 7.456,30 pontos, o seu máximo mais elevado desde junho de 2014.
Os mercados estão particularmente atentos à reunião do BCE, com os resultados esperados para as 13:15. Isto será seguido por uma conferência de imprensa da presidente Christine Lagarde, programada para as 13:45.
Além das decisões do BCE, os investidores também focam a balança comercial dos EUA, dados sobre a produtividade não agrícola do primeiro trimestre e os números relacionados aos subsídios de desemprego.
Na quarta-feira, Wall Street fechou sem uma direção clara, com o Dow Jones a registar uma queda de 0,22% para 42.427,74 pontos, interrompendo uma sequência de quatro dias a subir, depois de um relatório da ADP indicar uma queda significativa nas folhas de pagamento do setor privado.
Enquanto isso, o Nasdaq subiu 0,32%, alcançando 19.460,49 pontos, embora ainda esteja abaixo do seu recorde histórico.
O relatório da ADP provocou novas declarações do Presidente dos EUA, Donald Trump, que reiterou a necessidade de cortes nas taxas de juro pelo presidente da Reserva Federal, Jerome Powell.
No que diz respeito ao cenário internacional, na Ásia, o Nikkei de Tóquio caiu 0,57%, ao passo que os índices de Xangai e Shenzhen valorizaram-se 0,23% e 0,58%, respetivamente, enquanto o Hang Seng potencializava um avanço de 1,02% próximo do fecho.
Os juros das obrigações a 10 anos da Alemanha, um dos títulos mais seguros da Europa, desceram para 2,524%. Por outro lado, o ouro como ativo de refúgio viu o seu preço cair para 3.371,44 dólares por onça troy.
No mercado do petróleo, o Brent para agosto subiu para 65,19 dólares por barril, refletindo algumas tensões geopolíticas e decisões recentes da OPEP+ sobre aumento da produção.
O euro também teve uma desvalorização, trocando a 1,1419 dólares em Frankfurt, uma ligeira queda face ao dia anterior e abaixo de máximos recentes.