Luto na edição: Nelson de Matos, um ícone do livro em Portugal, falece

Hoje, o mundo da edição em Portugal enfrenta uma grande perda com o falecimento de Nelson de Matos, aos 79 anos, numa unidade de saúde em Lisboa, conforme confirmou a família à agência Lusa.

A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) não hesitou em classificar Matos como "uma figura incontornável da edição em Portugal". O seu trabalho, pautado por uma sensibilidade e visão exímia, teve um impacto crucial na promoção de destacados autores, como José Cardoso Pires, António Lobo Antunes, Manuel Alegre, Lídia Jorge e Mário Cláudio, todos eles fundamentais para o enriquecimento da cultura literária do país.

Durante o seu mandato como director da APEL, Matos destacou-se pela sua dedicação e generosidade, sempre empenhado em elevar o prestígio do setor editorial e livreiro. "Neste momento de perda, a APEL expressa as suas condolências mais sentidas à família, amigos e a todos que partilharam o amor pelos livros e pela palavra escrita", expressou a associação em comunicado.

O percurso de Nelson de Matos na editora Dom Quixote durou mais de duas décadas, onde se tornou um nome de referência ao lado de grandes escritores da literatura portuguesa.

O editor faleceu no Hospital dos Lusíadas, em Lisboa. O velório está agendado para a próxima terça-feira, enquanto o funeral se realizará na quarta-feira.

A editora Dom Quixote utilizou a sua página no Instagram para prestar homenagem ao editor e manifestar o seu pesar à família. "Nesta data dolorosa, a Dom Quixote recorda Nelson de Matos, cuja visão e dedicação foram cruciais para a publicação de alguns dos mais relevantes autores em língua portuguesa. Comprometemo-nos a honrar o seu legado e a continuar o caminho por ele traçado", pode ler-se na mensagem publicada.