"Investigação à Saúde de Biden: Médico Intimado pelo Congresso"

Os republicanos na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos convocaram o médico do ex-presidente Joe Biden, Kevin O'Connor, para prestar esclarecimentos a 27 de junho, acerca do suposto encobrimento da saúde do democrata durante o seu exercício de funções (2021-2025).

James Comer, líder da Comissão de Supervisão e Responsabilização, justifica a convocação com a necessidade de O'Connor explicar "a sua avaliação e relação" com Biden, que recentemente foi diagnosticado com câncer de próstata avançado e metástases ósseas.

A saúde de Biden, de 82 anos, tem sido alvo de intenso escrutínio desde as últimas eleições, levantando questões sobre uma possível ocultação da doença durante o seu mandato na Casa Branca.

Comer partilhou nas redes sociais o seu desejo de que O'Connor seja chamado a responder pelo "alegado encobrimento" relacionado com a saúde mental do ex-presidente. Anteriormente, o médico tinha recusado uma entrevista com o comité, citando questões éticas.

Não está claro se O'Connor conseguirá evitar a sua comparência desta vez, de acordo com informações da agência Efe. O foco das críticas também recai sobre os resultados do exame físico de Biden realizado no ano anterior, que o descreveu como um "homem de 81 anos saudável, ativo e robusto, apto para a Presidência".

Após a divulgação do seu diagnóstico, um porta-voz de Biden assegurou que nem ele, nem a sua equipe estavam cientes do câncer de próstata durante a sua presidência, relevando a especulação do ex-presidente Donald Trump sobre uma possível ocultação da condição.

Esta não é a primeira vez que Comer chama O'Connor: a Comissão já solicitou a sua presença numa audiência pública agendada para julho de 2024, para discutir avaliações clínicas após um desempenho questionável de Biden num debate contra Trump.

Na quarta-feira, a mesma comissão pediu entrevistas com várias figuras do círculo próximo de Biden, incluindo os conselheiros seniores Mike Donilon e Anita Dunn, o ex-chefe de gabinete Ron Klain, e outros ex-colaboradores, no contexto de uma pressão republicana para investigar as deliberações do seu governo.

Os democratas, no entanto, alegam que esta iniciativa republicana visa apenas desviar a atenção do público.