Ucrânia refuta acusações russas sobre adiamento de troca de prisioneiros

A Ucrânia denunciou hoje as afirmações da Rússia que sugerem um adiamento na troca de prisioneiros e corpos de soldados mortos, prevista após um acordo alcançado durante as últimas negociações em Istambul.

O Quartel-General de Coordenação para o Tratamento dos Prisioneiros de Guerra ucraniano afirmou, através do Telegram, que "as declarações russas não refletem a realidade nem os termos acordados". O organismo acusou a Rússia de "jogos desleais" e "manipulação de informações".

O Ministério da Defesa, liderado por Rustem Umérov, também interviniu, pedindo que Moscovo não criasse barreiras artificiais e não propagasse informações falsas que possam dificultar o regresso dos prisioneiros. "Estamos prontos para continuar o trabalho com base nos princípios acordados," afiançou.

A Ucrânia apresentou listas para a troca, abrangendo casos de gravemente feridos e soldados jovens, enquanto a parte russa teria apresentado listas que não respeitam os critérios pré-definidos. A instituição encarregue da questão dos prisioneiros realçou que agora é responsabilidade da Rússia agir em conformidade.

Relativamente à troca de corpos de soldados, também estabelecida no acordo, as autoridades ucranianas sublinharam que ainda não foi marcada uma data, acusando a Rússia de proceder com "ações unilaterais".

O porta-voz russo, Vladimir Medinski, havia anteriormente alegado que a Ucrânia adiou de forma inesperada a troca, mas o Governo ucraniano reafirma a sua posição e continua a solicitar a Moscovo que cesse as "jogadas sujas" e retome o caminho do diálogo construtivo.