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Guardas prisionais processam ativista Mamadou Ba por alegações de difamação

há 4 horas

O Sindicato Nacional do Corpo Guarda Prisional exige uma indemnização de quatro milhões de euros a Mamadou Ba, após este ter feito sérias alegações nas redes sociais.

Guardas prisionais processam ativista Mamadou Ba por alegações de difamação

O Sindicato Nacional do Corpo Guarda Prisional (SNCGP) decidiu avançar com uma ação judicial por "difamação com publicidade e calúnia" contra o ativista Mamadou Ba, exigindo uma indemnização de quatro milhões de euros, conforme confirmado por fontes do sindicato ao Notícias ao Minuto.

A reivindicação surge na sequência de uma postagem de Ba no Facebook, onde este levantou questões sobre a “qualidade de agente da autoridade” dos guardas prisionais, afirmando que a divulgação de certas informações configurava um meio de comunicação social de massas.

Na queixa, o SNCGP expressa a sua intenção de participar como assistente no processo penal e solicita que o Ministério Público a analise. Os responsáveis pelo sindicato tencionam, caso sejam bem-sucedidos, destinar a totalidade da indemnização a unidades pediátricas do Instituto Português de Oncologia (IPO) em Lisboa e no Porto.

A origem desta contenda remonta a uma publicação de Mamadou Ba, dirigente da SOS Racismo, onde este expressou forte ceticismo em relação a "mortes naturais" e "suicídios" de indivíduos negros nas prisões. Ba sustentou que a possibilidade de serem vítimas de violência por parte dos guardas prisionais é mais elevada do que qualquer outra causa de morte, mencionando a antecedente realidade de linchamentos e torturas no sistema carcerário a nível global.

A referência de Ba remete para um ocorrido recente, onde um recluso de 25 anos foi encontrado sem vida na cela da cadeia do Linhó, em Cascais. O ativista enfatizou a sua preocupação de que a versão oficial prevaleça, obscurando a verdade dos eventos ocorrido.

"É essencial que se faça uma investigação rigorosa para esclarecer os factos e responsabilizar os envolvidos", concluiu o ativista na sua contestada publicação.

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