A Federação Nacional da Educação (FNE) aplaudiu a manutenção de Fernando Alexandre como ministro, evidenciando a importância da estabilidade governativa nas negociações educacionais.
A Federação Nacional da Educação (FNE) expressou hoje a sua satisfação perante a decisão do primeiro-ministro, Luís Montenegro, de manter Fernando Alexandre como ministro da Educação, Ciência e Inovação. A FNE considera esta escolha fundamental para garantir a estabilidade governativa em sectores essenciais como a educação e encara a recondução do ministro com uma "expectativa construtiva" para a continuidade das negociações que foram iniciadas durante o mandato anterior.
No comunicado emitido em resposta à nomeação, a FNE sublinha que "durante o seu mandato anterior, o ministro Fernando Alexandre demonstrou disponibilidade para dialogar com os representantes dos trabalhadores da educação". Contudo, a federação adverte que a verdadeira estabilidade só será alcançada mediante "um compromisso sólido com o diálogo, o respeito pelos direitos dos profissionais e a valorização real das carreiras e das condições de trabalho".
Assim, a FNE espera que o novo governo, empossado na passada quinta-feira, retome os processos de negociação que estavam suspensos devido à queda do governo anterior e que apresente "soluções urgentes para as reivindicações existentes".
Entre as principais questões a serem tratadas estão as negociações sobre a revisão do estatuto da carreira docente, que começaram no final do ano passado e que, segundo o calendário da tutela, visavam implementar um novo diploma no ano letivo 2026/2027.
Os representantes dos professores salientam a necessidade de rigor, eficiência e responsabilidade neste processo, destacando a importância de abordar temas cruciais como a escassez de professores, o tempo de serviço perdido durante as reestruturações da carreira, a monodocência, a carga horária excessiva, a burocracia e a indisciplina nas escolas.
A FNE também sublinha a urgência em abrir concursos para o pessoal de apoio educativo, colocando um fim à precariedade nestas funções.