A taxa Euribor a três meses caiu para 1,996%, enquanto as taxas a seis e a 12 meses subiram. Esta é a primeira vez desde dezembro de 2022 que a taxa mais curta fica abaixo dos 2%.
A Euribor registou movimentos mistos hoje, com a taxa a três meses a descer para 1,996%, um marco que não se via desde 08 de dezembro de 2022. Este valor é inferior ao das taxas a seis e a 12 meses, que se mantiveram acima dos 2%, concretamente em 2,056% e 2,070%, respetivamente.
A taxa a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, teve um aumento de 0,014 pontos, pondo fim a quatro sessões consecutivas de descida, onde havia alcançado um mínimo de 2,042% na quarta-feira.
Dados do Banco de Portugal indicam que, em março, a Euribor a seis meses representava 37,65% do total de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Por sua vez, as Euribor de 12 e três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.
Relativamente à taxa de 12 meses, observou-se um aumento para 2,070%, também com uma subida de 0,014 pontos em comparação com a quarta-feira. A taxa a três meses, que se manteve abaixo de 2,5% desde 14 de março, finalmente ultrapassou a barreira dos 2%, estabelecendo um novo mínimo de 1,996%.
Durante o mês de abril, as médias mensais das taxas Euribor caíram significativamente em todos os prazos, com as taxas a três meses, a seis meses e a 12 meses a descerem, respetivamente, para 2,249%, 2,202% e 2,143%.
Na última reunião de política monetária realizada em 17 de abril, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu reduzir a taxa de juro em um quarto de ponto, fixando-a em 2,25%. Esta já é a sétima descida desde o início deste ciclo de cortes em junho de 2024.
A próxima reunião do BCE está agendada para 05 e 06 de junho em Frankfurt. As taxas Euribor são determinadas de acordo com a média das taxas a que 19 bancos da zona euro estão dispostos a emprestar entre si no mercado interbancário.