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Estudo revela que colisão entre Via Láctea e Andrómeda é menos provável do que se pensava

há 4 dias

Novos cálculos diminuem a probabilidade de colisão entre as galáxias para 2% nos próximos 5 mil milhões de anos, reformulando a visão sobre a sua aproximação.

Estudo revela que colisão entre Via Láctea e Andrómeda é menos provável do que se pensava

Um recente estudo publicado na revista Nature Astronomy trouxe à luz dados inovadores provenientes do Telescópio Espacial Hubble da NASA e do telescópio Gaia da Agência Espacial Europeia. Este trabalho envolveu mais de 100.000 simulações, que consideraram variáveis até agora ignoradas.

Atualmente, a Via Láctea e a galáxia Andrómeda estão a aproximar-se a uma velocidade de aproximadamente 100 quilómetros por segundo. As previsões anteriores apontavam para uma colisão inevitável, mas este novo estudo sugere que a probabilidade de tal evento, nos próximos 5 mil milhões de anos, é de apenas 2%, de acordo com investigadores das Universidades de Helsínquia, Durham (Reino Unido) e Toulouse (França), como noticiado pela agência Efe.

O estudo incorporou novos dados sobre a Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã que orbita a Via Láctea. Embora a sua massa represente apenas cerca de 15% da Via Láctea, a sua gravidade influencia a nossa galáxia adequadamente, diminuindo assim as chances de uma colisão catastrófica.

O investigador da Universidade de Durham, Carlos Frenk, comentou que, enquanto em muitas simulações, as galáxias conseguem evitar a fusão, em outros cenários, elas podem passar por encontros próximos antes de eventualmente se fundirem, mas isso ocorreria apenas entre 8 a 10 mil milhões de anos, um período em que, para a nossa própria estrela, o Sol, a sua existência já terá chegado ao fim.

As descobertas não indicam falhas nos modelos anteriores, mas sim que incorporaram variáveis adicionais que agora são possíveis graças às tecnologias dos telescópios modernos. Till Sawala, o principal autor do estudo, explicou ainda que conseguiram obter resultados semelhantes ao adotarem as mesmas premissas que os investigadores passados.

Frenk, deslumbrado com o rigor das simulações, destacou que este estudo é uma confirmação do potencial da física e do uso de supercomputadores avançados na pesquisa astrofísica.

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#ColisãoGaláxias #AstronomiaAvançada #DescobertaEspacial