Em abril, os empréstimos para habitação aumentaram 6% em relação ao ano anterior, totalizando 105,2 mil milhões de euros, marcando o maior crescimento desde 2008, revela o Banco de Portugal.
No final de abril, os empréstimos para habitação ascenderam a um total de 105.192 milhões de euros, representando um acréscimo de 789 milhões de euros face a março. Este aumento corresponde a uma taxa de crescimento homólogo de 6,0%, o mais acentuado desde agosto de 2008.
Segundo informações do Banco de Portugal (BdP), o número de devedores de crédito à habitação também aumentou, atingindo 1,96 milhões no final de abril, um acréscimo de 2.000 devedores em relação ao mês anterior, embora tenha havido uma redução de 7.500 devedores comparativamente a abril do ano passado.
No que diz respeito aos empréstimos a particulares, o montante total cresceu 6,3% em abril, totalizando 136.067 milhões de euros, a maior taxa de crescimento anual desde setembro de 2008.
Por sua vez, os empréstimos ao consumo e outros fins aumentaram 121 milhões de euros face a março, somando 30.875 milhões de euros, e apresentaram um crescimento homólogo de 7,1%, ligeiramente superior ao aumento de 7,0% registado em março. Os empréstimos para consumo tiveram uma taxa de variação anual de 7,0%.
No final de abril, o montante total de crédito pessoal era de 12.846 milhões de euros, um incremento de 31 milhões face ao mês anterior, enquanto o crédito automóvel totalizou 8.598 milhões de euros, com um crescimento anual de 10,1%.
No que respeita ao crédito a empresas, o 'stock' situava-se em 72.487 milhões de euros, uma diminuição de 121 milhões em relação a março, mas com um crescimento homólogo de 1,8%, o mais elevado desde junho de 2022.
As microempresas e grandes empresas mantiveram variações anuais positivas, com 10,2% e 0,7%, respectivamente, enquanto as médias empresas apresentaram um decréscimo de -3,8%.
No setor das indústrias e eletricidade, observou-se uma diminuição de -0,7%, enquanto que no comércio, transportes e alojamento, as empresas de alojamento e restauração cresceram 2,2%.
Por fim, no setor da construção e atividades imobiliárias, a taxa de variação anual manteve-se positiva, em 5,3%.