O líder do Chega, André Ventura, reafirmou a intenção do partido em manter uma oposição "firme" e "escrutinadora" nas novas sessões plenárias da Assembleia da República, sem moderação.
André Ventura, presidente do Chega, revelou hoje que o partido continuará a sua oposição "com firmeza" e com "muito escrutínio", numa declaração feita aos jornalistas à entrada da sala do Grupo Parlamentar do Chega na Assembleia da República, logo após o início da nova legislatura.
Com um aumento para 60 deputados na sua bancada, Ventura sublinhou a necessidade de que os eleitos mantenham uma postura assertiva na oposição. O presidente do Chega enfatizou que a sua bancada "nunca foi silenciosa" e que não pretendeu "moderar aquilo que os portugueses não quiseram objetivamente moderar".
"Os cidadãos foram às urnas para avaliar o comportamento do Chega e deram um reforço significativo à nossa representação", argumentou, observando que os eleitores "apreciaram o trabalho do partido e desejam que este continue".
Ventura também mencionou um "novo quadro de responsabilidade" devido ao crescimento do partido nas eleições legislativas de 18 de maio e destacou a importância de aprofundar o conhecimento sobre diversos temas, mostrando que o Chega está preparado não apenas para ser oposição, mas também para governar.
Além disso, o presidente do Chega declarou que o partido agora "lidera a oposição" e que não é sua intenção "bloquear instituições". De acordo com ele, estão criadas todas as condições para a eleição do candidato indicado pelo PSD para a presidência da Assembleia da República, nomeadamente a recondução de José Pedro Aguiar-Branco.
No início da semana, Ventura já havia afirmado que facilitaria a nomeação do candidato do PSD para liderar os trabalhos da Assembleia.