Chega aumenta subvenção em um milhão, PS regista maior perda

A recente contagem de votos nas eleições legislativas revelou que o Chega irá receber mais um milhão de euros na sua subvenção anual, totalizando cinco milhões de euros. Em contrapartida, o Partido Socialista (PS) é o mais afetado, com uma redução de um milhão, ficando agora com 5,02 milhões de euros.

Através da legislação sobre o financiamento dos partidos políticos, as forças que obtêm mais de 50 mil votos ou ganham assento na Assembleia da República têm direito a uma subvenção anual. O montante atual é de cerca de 3,48 euros por voto, o que resulta, este ano, numa soma recorde de 20,84 milhões a ser distribuída entre 11 partidos.

A coligação AD, composta por PSD e CDS-PP, será a maior beneficiária, recebendo 6,99 milhões de euros, um incremento de quase 656 mil euros face ao último ciclo eleitoral. O Chega, por seu turno, viu a sua subvenção crescer em resposta a uma significativa conquista nas urnas, onde angariou cerca de 270 mil votos a mais em comparação com 2024.

Por outro lado, a Iniciativa Liberal (IL), que aumentou o seu número de deputados de oito para nove, receberá uma ligeira subida na subvenção, passando de 1,08 milhões para 1,17 milhões de euros. O partido Livre, que também viu um aumento no seu grupo parlamentar, passará a receber 896 mil euros, um incremento de 201 mil euros.

A CDU, que perdeu um deputado, terá uma diminuição de 57 mil euros, mas o Bloco de Esquerda (BE) é o que mais sofre, ao passar de 958 mil para 438 mil euros, uma perda superior a 50%, atingindo uma quebra de 520 mil euros.

O PAN, assim como o ADN, também registam quedas na subvenção; o PAN reduzirá de 428 mil para 303 mil euros, enquanto o ADN, sem deputados eleitos, receberá 284 mil euros, menos 62 mil comparativamente ao ano passado. O partido Juntos pelo Povo (JPP), com 21 mil votos e um deputado eleito, receberá quase 73 mil euros, marcando a sua estreia no parlamento.

Além da subvenção anual, os partidos com assento na Assembleia têm direito a uma compensação mensal de 2.351,25 euros por deputado, destinada a cobrir custos de assessoria e outras despesas de funcionamento.