O CDS-PP regressa ao "andar nobre" da Assembleia da República, ocupando na XVII legislatura um espaço entre o PS e o Livre, segundo anunciou o seu líder, Paulo Núncio.
O grupo parlamentar do CDS-PP está de volta ao "andar nobre" da Assembleia da República, ocupando, nesta XVII legislatura, um lugar entre o Partido Socialista (PS) e o Livre, conforme revelou Paulo Núncio, líder parlamentar do CDS-PP, em declarações à Lusa.
Núncio expressou a sua satisfação com esta mudança, enfatizando que "o CDS voltará ao seu lugar tradicional no hemiciclo", onde teve sempre representação ao longo dos seus 50 anos de história parlamentar.
Na legislatura anterior, o CDS-PP integrou uma coligação pré-eleitoral com o PSD e, pela primeira vez, ficou sem representação parlamentar na legislatura anterior, ocupando um espaço menos central nas proximidades do hemiciclo. Durante esse período, o partido encontrava-se mais afastado do plenário, no novo edifício.
Antes da sua ausência, o CDS-PP tinha a sua bancada no lado direito do hemiciclo, que agora é ocupado pelo Chega. Com os novos deputados, o CDS-PP, que conta com dois representantes, irá agora alinhar-se entre o PS e o Livre, tornando-se parte de um espaço político mais à esquerda do que o habitual, um ponto que Núncio minimizou.
"O essencial é que o CDS estará de volta ao hemiciclo", reiterou. A nova configuração do parlamento, resultante das eleições de 18 de maio, viu o PSD consolidar 89 lugares, o Chega surgir como a segunda maior força com 60 deputados, e o PS, apesar de ter obtido mais votos, quedar-se com 58.
A Iniciativa Liberal mantém-se com nove deputados, enquanto o Livre conta com seis. O PCP possui três assentos, e o Bloco de Esquerda, o PAN e o JPP, um cada. Assim, a disposição no hemiciclo, da direita para a esquerda, é: Chega, CDS, Iniciativa Liberal, PSD, PS, PAN, JPP, Livre, PCP e Bloco de Esquerda.
A série de reuniões para o consenso sobre os assentos e a distribuição de espaços de trabalho na Assembleia da República continuará, sendo que um entendimento final será debatido na próxima reunião da conferência de líderes, agendada para quarta-feira.