CDS-PP realiza Conselho Nacional em dia de votação do PSD

O CDS-PP agendou para quinta-feira a realização do seu Conselho Nacional em Lisboa, marcado para as 21:00 na sede nacional do partido. A reunião, que é a primeira após as eleições legislativas de 18 de maio, terá como foco a análise dos resultados eleitorais e a situação política em geral. Os conselheiros discutirão também as contas do partido para o ano de 2024, conforme indicado no site oficial.

Entre as questões a serem debatidas, destaca-se a preparação para as eleições autárquicas, com o CDS-PP a planejar uma Convenção Nacional Autárquica para 27 de junho, que visa apresentar candidatos e aprovar uma carta de compromisso com as diretrizes programáticas.

Embora a reunião do CDS-PP coincida com a votação do PSD sobre o apoio à candidatura de Luís Marques Mendes à Presidência da República, as eleições presidenciais de janeiro de 2024 não estão na agenda dos centristas. Nas últimas duas presidenciais, ambos os partidos apoiaram Marcelo Rebelo de Sousa.

Ainda não há declarações oficiais do CDS-PP sobre a sua posição nas próximas eleições, mas rumores indicam que o ex-líder do partido, Paulo Portas, pode vir a ser um possível candidato. Em fevereiro, o atual líder do CDS-PP expressou o desejo de ter um candidato da sua área nas presidenciais, embora o assunto ainda não tenha sido debatido internamente.

As reuniões do Conselho Nacional do CDS-PP e do PSD ocorrem no mesmo dia em que o almirante Henrique Gouveia e Melo anuncia a sua candidatura à Presidência, numa apresentação marcada para as 19:00 na Gare Marítima de Alcântara, Lisboa.

Esta reunião do CDS-PP terá também relevância, pois acontece após a coligação AD ter obtido uma vitória significativa nas eleições legislativas, embora não tenha alcançado uma maioria absoluta. O CDS-PP mantém a sua representação parlamentar, recuperando dois mandatos nesta legislatura.

O resultado eleitoral provocou a demissão do líder do PS, Pedro Nuno Santos, enquanto o secretário-geral interino, Carlos César, e o candidato à liderança, José Luís Carneiro, já se comprometeram a facilitar a formação do novo governo, afastando a possibilidade de uma comissão de inquérito sobre a crise política.