A cotação do barril de crude Brent para agosto sobe 1,14%, encerrando a sessão em 64,63 dólares, impulsionada por tensões entre a Rússia e a Ucrânia.
A cotação do barril de crude Brent, referente ao mês de agosto, encerrou hoje a sua sessão no mercado de futuros de Londres com um aumento de 1,14%, situando-se nos 64,63 dólares.
A valorização do petróleo do Mar do Norte, que serve como referência na Europa, representa um incremento de 73 cêntimos em relação aos 63,90 dólares com que terminou as transações na última sexta-feira.
No entanto, durante a jornada, a cotação chegou a elevar-se até quatro por cento, impulsionada pelo agravamento da tensão geopolítica entre a Rússia e a Ucrânia, especialmente após um ataque com drones no solo russo.
De acordo com a analista de mercado de Forex, Fiona Cincotta, "as cotações do petróleo subiram no início desta semana num cenário de crescentes tensões geopolíticas, desconsiderando o esperado acordo do OPEP+ que prevê um aumento da produção em julho".
Cincotta acrescentou que "somente um aumento persistente das tensões entre a Rússia e a Ucrânia poderá sustentar o aumento dos preços".
O OPEP+, que compreende membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, entre os quais se encontra a Federação Russa, deliberou no último sábado um incremento da produção em julho, fixando-a em 411 mil barris diários, mantendo assim o mesmo nível dos dois meses anteriores.
Esta decisão, que já era esperada pelo mercado e foi anunciada numa reunião virtual liderada por representantes sauditas e russos, marca o terceiro aumento consecutivo no mesmo patamar, totalizando 1,37 milhões de barris diários em aumentos nos últimos quatro meses, sendo mais de metade dos 2,2 milhões que estão planeados para aumentos futuros.
Harry Tchilingurian, da Onyx Capital, expressou em sua conta no LinkedIn que "se o OPEP+ tivesse optado por um aumento superior, a abertura dos preços teria sido bastante desfavorável".