China alarga investigação sobre carne de porco da UE em resposta a impostos

O Ministério do Comércio da China revelou, hoje, que a investigação sobre as importações de determinados produtos de carne de porco da União Europeia (UE) será prolongada até 16 de dezembro. Esta investigação, que começou a 17 de junho de 2024, tem como foco a carne de porco, miudezas, graxa e derivados, tanto refrigerados como congelados.

A decisão de estender o inquérito, inicialmente programado para um ano, foi justificada pelo ministério devido à "complexidade do caso". A China iniciara o procedimento como uma retaliação às tarifas impostas pela UE sobre veículos elétricos chineses, argumentando que os subsídios estatais deste setor distorcem a concorrência em relação às marcas europeias.

Apesar das tensões comerciais, as relações entre Pequim e a UE estiveram a melhorar levemente nos últimos meses, especialmente após o impacto da guerra comercial iniciada pelo ex-Presidente dos EUA, Donald Trump. Em abril, a China já havia alargado até julho a sua investigação sobre as importações de brandy da UE, e continua a analisar processos 'antidumping' relacionados com produtos lácteos provenientes dos 27 Estados-membros.

O comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, que visitou a China em março, destacou que Bruxelas e Pequim têm "interesses mútuos significativos" na resolução de desafios bilaterais e globais, enfatizando a importância de abordar as divergências. Sefcovic mencionou que ambas as partes estão "a trabalhar arduamente" para alcançar progressos antes da cimeira bilateral programada para julho, que marcará o 50.º aniversário das relações diplomáticas entre a China e a UE.