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Aproximação entre China e UE nas negociações de veículos elétricos

há 9 horas

As negociações sobre preços mínimos para veículos elétricos entre a China e a União Europeia avançam, com ambas as partes a intensificarem esforços para uma solução comum.

Aproximação entre China e UE nas negociações de veículos elétricos

As negociações entre a China e a União Europeia (UE) acerca dos preços mínimos para veículos elétricos estão a alcançar a sua fase decisiva, embora ainda sejam necessários esforços conjuntos para chegar a um entendimento, de acordo com um porta-voz do Ministério do Comércio chinês.

Durante uma reunião realizada na passada terça-feira em Paris, o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, e o secretário europeu do Comércio, Maros Sefkovic, tiveram um debate "profissional e abrangente", que representa um avanço significativo em direção a uma "solução apropriada" para as questões em pauta.

O representante chinês revelou que a parte europeia sugere a exploração de novas abordagens tecnológicas, com a China a comprometer-se a avaliar a viabilidade dessas ideias sob a ótica jurídica e técnica.

Ambas as partes mandataram as suas equipas a reforçar os esforços para encontrar um acordo que seja mutuamente aceitável, respeitando as regulamentações nacionais e as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC), a fim de lidar com as suas divergências comerciais da melhor forma.

A Comissão Europeia implementou tarifas de até 35,3% sobre os veículos elétricos vindos da China em outubro, afetando marcas como SAIC, Geely e BYD, por um período máximo de cinco anos.

Em resposta, a China instaurou impostos provisórios sobre o 'brandy' e suspendeu a aplicação de investigações sobre produtos como lácteos e carne suína europeus.

No que toca ao 'brandy', o porta-voz assinalou que empresas francesas buscaram espontaneamente "compromissos de preços" com a parte chinesa, resultando numa concordância sobre os principais termos desse entendimento.

A China aguarda a revisão final do compromisso de preços, com um anúncio previsto antes de 5 de julho.

Além disso, o ministro Wang defendeu a implementação de controles à exportação de terras raras, argumentando que tal prática é comum worldwide, e manifestou a disposição da China em estabelecer um "canal verde" para pedidos de exportação que estejam em conformidade com os requisitos necessários.

O porta-voz salientou que a China valoriza as "preocupações europeias" e espera que a Europa também adote medidas que facilitem o comércio de produtos de alta tecnologia, promovendo uma relação comercial mais fluída.

Desde abril, a China impôs um novo regime de licenças que requer autorizações para exportar determinados minerais, citando questões de segurança nacional. Estes controles têm um impacto significativo nos setores que dependem desses materiais, dado que a China detém cerca de 49% das reservas globais de terras raras e processa a totalidade necessária para 2024.

No final de maio, a China deixou subentendido, através da sua imprensa oficial, que poderia suavizar os controles para empresas europeias, o que foi visto como um sinal de possíveis negociações com Bruxelas, tendo em conta as crescentes tensões com os EUA.

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