Em Aveiro, um inspetor da PJ esclarece a pegada digital de Mónica Silva e do seu suposto assassino, Fernando Valente, em tribunal. O julgamento prossegue com diversas inquirições.
A 6.ª sessão do julgamento de Fernando Valente, acusado de homicídio qualificado de Mónica Silva, decorreu hoje em Aveiro, com foco na análise da sua pegada digital. O inspetor da Polícia Judiciária (PJ) que examinou os telemóveis da vítima e do arguido prestou declarações cruciais, permitindo rastrear os movimentos de ambos.
António Falé de Carvalho, advogado dos filhos menores da vítima, classificou o testemunho como “muito importante, detalhado e técnico”. Importa sublinhar que o inspetor não fazia parte da lista inicial de testemunhas, tendo sido introduzido a pedido do Ministério Público para esclarecer questões emergentes.
Além do inspetor, durante a audiência foi ouvido um ex-companheiro de Mónica Silva, que participou à distância devido a compromissos profissionais. O tribunal também deu continuidade à reprodução das declarações feitas por um dos filhos menores da grávida, reforçando a gravidade do caso.
Os trabalhos foram interrompidos ao final da tarde, com previsão de retoma na quarta-feira, às 09:30, altura em que se irá inquirir a irmã gémea de Mónica, uma testemunha considerada fulcral pelo agregado familiar, dada a proximidade que tinha com a vítima.
Este julgamento, que ocorre à porta fechada para resguardar a dignidade da vítima e a privacidade dos filhos, prossegue com acusações graves contra Fernando Valente, incluindo homicídio qualificado e profanação de cadáver. O arguido encontra-se em prisão domiciliária desde novembro, após a sua detenção pela PJ, mais de um mês após o desaparecimento da mulher, que estava grávida de sete meses.
A acusação sustenta que Valente terá agido para evitar a paternidade e objetivos financeiros, alegadamente assassinado Mónica na noite de 3 de outubro de 2023, e depois ocultando o corpo de forma a não ser encontrado.