Os vereadores do PS criticam o presidente Carlos Moedas, alegando que ele busca monopolizar a propaganda política em Lisboa ao remover cartazes em áreas centrais da cidade.
Os vereadores socialistas na Câmara Municipal de Lisboa levantaram sérias acusações contra o presidente da autarquia, Carlos Moedas, do PSD, afirmando que este está a tentar "monopolizar a propaganda" na capital. Segundo os socialistas, a decisão de retirar cartazes políticos em locais estratégicos como o Marquês de Pombal, a Alameda e a área entre Saldanha e Entrecampos visa beneficiar a sua campanha política.
"O presidente já não esconde suas intenções de controlar a comunicação em Lisboa, confundindo o que é de interesse público com a sua agenda pessoal", referem os vereadores no comunicado. Desde setembro de 2022 até hoje, o executivo liderado por Moedas tem procedido à remoção de cartazes partidários, indicando uma posição clara contra a publicidade política.
Os socialistas recordam ainda que Moedas, nas eleições anteriores, até utilizou um "outdoor" de grandes dimensões no Marquês de Pombal. Agora, ao ordenar a retirada de cartazes do eixo central, parecem desrespeitar as deliberações camarárias que regulam a divulgação institucional, permitindo apenas a exibição de informações úteis ao cidadão.
"O que se observa é um Eixo Central, vazio de propaganda partidária, mas repleto de anúncios da sua própria governação, evidenciando um desvio da norma que deveria pautar a ética na política", afirmaram.
Moedas, por sua vez, defende a sua decisão, argumentando que as grandes avenidas da cidade precisam de ser preservadas visualmente, classificando os cartazes como poluição visual. O autarca salientou que a remoção de cartazes já realizados foi justificada por razões jurídicas relacionadas com o património municipal.
Adicionalmente, outras forças políticas, como o partido Nova Direita, também se manifestaram contra a remoção, acusando Moedas de agir com motivações políticas para prejudicar a concorrência nas próximas eleições autárquicas。