Marcelo Rebelo de Sousa revelou que a nova equipa governamental será empossada antes do 10 de Junho, enquanto expressa preocupação com a campanha do Banco Alimentar.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que a formação do novo Governo deverá ser formalizada "antes do 10 de Junho", uma data que coincide com as celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
O chefe de Estado esclareceu que, na próxima terça-feira, se dará início à instalação da Assembleia da República, o que inviabiliza a nomeação imediata do Governo e a apresentação da equipa pelo primeiro-ministro. "Esse processo terá início na quarta-feira. Embora possa haver conversas prévias, o trabalho formally inicia-se na quarta-feira. Espero que o primeiro-ministro me envie as informações necessárias para definir a data em que se realizará a cerimónia. Em algumas situações, a posse do primeiro-ministro pode ser feita juntamente com a dos ministros e secretários de Estado, enquanto noutros casos ocorre separadamente", explicou aos jornalistas.
Rebelo de Sousa reforçou que "a ideia é que a tomada de posse aconteça antes do 10 de Junho", podendo ser conjunta ou em momentos distintos, apesar de reconhecer que "não é um calendário fácil, mas é viável".
O Presidente também abordou a atual situação do Banco Alimentar, que neste fim de semana está a realizar uma campanha de recolha de alimentos em diversos supermercados. "Estou bastante preocupado. A conjuntura internacional é volátil e difícil. Estamos a viver uma crise global que afeta todos os países, incluindo Portugal. Não é surpreendente que, no primeiro trimestre deste ano, houve uma queda de meio por cento em comparação com o último trimestre do ano anterior", afirmou.
Marcelo relembrou que as consequências das guerras e das taxas comerciais são evidentes, e que "as necessidades da população permanecem elevadas". Durante a sua visita aos supermercados, testemunhou prateleiras vazias de produtos essenciais, o que indica que houve uma boa resposta da comunidade. "O comportamento dos consumidores, especialmente neste fim de semana complicado devido ao clima e à espera de subsídios, mostra que, ao contrário do que poderia ser esperado, as pessoas estão empenhadas em contribuir", afirmou.
“Percebe-se que as pessoas estão mais cautelosas, a consumir menos e a tentar poupar, porque estão preocupadas”, concluiu.