Política

Mudanças à vista no PS: Pedro Nuno Santos abandona liderança e sucessão gera dúvidas

há 1 dia

Após os resultados eleitorais negativos, Pedro Nuno Santos renuncia ao cargo de secretário-geral do PS. Nomes cotados para sucedê-lo manifestam hesitações e a necessidade de reflexão.

Mudanças à vista no PS: Pedro Nuno Santos abandona liderança e sucessão gera dúvidas

No último domingo, além das eleições legislativas, assistiu-se à saída de Pedro Nuno Santos do comando do Partido Socialista (PS) após os fracos resultados obtidos nas urnas.

Na sequência deste cenário, está agendada uma reunião do PS para analisar o desfecho do sufrágio. Pedro Nuno anunciou já que convocará eleições internas e deixou claro que não irá recandidatar-se: "Assumo as minhas responsabilidades como líder do partido [...] Não serei candidato", declarou em seu discurso no dia das eleições.

Com a saída de Pedro Nuno Santos, a corrida pela liderança do partido começa a tomar forma, mas vários socialistas já se pronunciaram sobre a sua não candidatura.

O antigo ministro Duarte Cordeiro foi um dos primeiros a afastar a hipótese de se candidatar, afirmando após as eleições: "Não serei candidato, mas quero contribuir para uma solução de unidade e não de facção". Cordeiro alertou ainda que é essencial "tempo" para que a escolha do novo líder seja feita com ponderação.

A líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, também revelou que não irá candidatar-se ao lugar de secretário-geral, explicando que o seu foco está nas eleições autárquicas em Lisboa: "Neste momento não me candidatarei ao lugar de secretária-geral, estou concentrada na cidade de Lisboa", disse.

O dirigente Álvaro Beleza, questionado sobre a sucessão, mencionou que está disponível para ajudar o partido, mas sublinhou que a escolha do próximo secretário-geral deve acontecer "tranquilamente". Além disso, fez uma metáfora ao afirmar que "ainda sou jovem para ser Papa", insinuando que não se vê na corrida.

Outra figura a excluir a sua candidatura foi Marta Temido, antiga Ministra da Saúde, que afirmou à Antena 1 que a liderança do PS "não faz parte dos planos", reiterando que existem outros membros do partido preparados para assumir essa função.

Por outro lado, alguns nomes, como Mário Centeno, optaram por não se comprometer, deixando a possibilidade de uma candidatura em aberto. Centeno, ao ser questionado, respondeu que preferia "passar ao próximo" e não se aprofundar nas questões relacionadas à liderança.

Mariana Vieira da Silva, ex-Ministra da Presidência, também não descartou uma possível candidatura, mas como outros, enfatizou a necessidade de tempo para que a situação seja analisada com calma. Fernando Medina, por sua vez, destacou que é fundamental respeitar o atual líder e que ainda há muito a digerir sobre os recentes resultados.

Tags:
#MudançasPS #LiderançaSocialista #ReflexãoPolítica