Mariana Vieira da Silva anunciou que não se candidatará à liderança do PS, apostando na união do partido após a recente derrota eleitoral.
A ex-ministra Mariana Vieira da Silva fez hoje um anúncio relevante nas redes sociais, revelando que não avançará com a sua candidatura à liderança do Partido Socialista (PS). Esta decisão vem na sequência da necessidade de fortalecer a união dentro do partido, especialmente após a derrota nas eleições legislativas de domingo, que foram vencidas pela Aliança Democrática (AD).
Mariana, que tem estado em contacto com vários militantes e simpatizantes do PS, expressou que havia espaço para uma alternativa, mas considera que, diante dos nossos desafios eleitorais e da demissão do anterior líder Pedro Nuno Santos, é crucial promover um debate profundo sobre o futuro do partido.
“O momento exige que o PS realize uma reflexão ampla e profunda sobre a sua estratégia e a liderança que precisa para avançar”, afirmou a ex-ministra. Contudo, ela também reconheceu que, com as eleições autárquicas à porta, o foco deve estar na unidade do partido. Assim, optou por não avançar com uma candidatura que pudesse criar divisões internas em um período crítico.
Além disso, Carlos César, atual presidente do PS, anunciou que irá propor a realização de eleições para o cargo de secretário-geral do partido, de forma a dar resposta à recente demissão de Pedro Nuno Santos. Esta proposta será discutida na Comissão Nacional do PS no próximo sábado.
Fernando Medina também se juntou à lista de nomes que não irão candidatar-se, referindo que o alvoroço em torno de candidaturas pode comprometer a necessária reflexão interna do partido.
No cerne deste diálogo, José Luís Carneiro, um dos potenciais candidatos à liderança, enfatizou que o PS necessita de abrir um novo ciclo, focando na estabilidade política e no fortalecimento da sua posição.