A porta-voz do PAN afirmou ter a consciência tranquila em relação à sua liderança e criticou a desinformação sobre o partido, após demissões na sua direção.
A líder do PAN, Inês de Sousa Real, mostrou-se confiante na sua liderança e abordou as recentes demissões de membros da comissão política nacional do partido, Anabela Castro e Nuno Pires. Após uma audiência de cerca de 45 minutos com o Presidente da República no Palácio de Belém, salientou que a sua liderança sempre privilegiou a abertura e o diálogo.
Respondendo a questões sobre a sua posição, Sousa Real afirmou: "A minha consciência está mais do que tranquila enquanto líder. Os portugueses conhecem a minha forma de atuar, e não vou alimentar narrativas falsas e infundadas." Ela garantiu que, se em algum momento sentir que não está a desempenhar as suas funções adequadamente, será a "primeira a ceder o seu lugar".
A ainda líder do PAN lamentou a má interpretação de vozes dissonantes e criticou a utilização da informação da saída dos dois membros, afirmando que este tipo de controvérsia foi publicada contra a vontade dos próprios. Sousa Real também defendeu que, durante a sua liderança, o partido se envolveu em mais ações eleitorais do que em qualquer outra gestão anterior e destacou que, como mulher à frente do partido, busca enfrentar desafios maiores a nível nacional.
No comunicado que partilharam, os ex-dirigentes expressaram descontentamento com a atual gestão do partido, alegando que deixou de ser um espaço ético e plural, e que a direção atual revelou-se autocentrada, criando narrativas divisórias em vez de abrir espaço ao debate.
A criticada divulgação do comunicado sobre as suas demissões foi vista como uma violação da privacidade interna, o que acentuou as tensões em torno da liderança de Sousa Real.