O novo executivo sírio vai apoiar os Estados Unidos na localização de norte-americanos desaparecidos durante o conflito sírio, revelou o enviado especial dos EUA, Tom Barrack.
O Governo sírio, sob a liderança de Ahmad al-Charaa, anunciou a sua disposição de colaborar com os Estados Unidos na busca de cidadãos norte-americanos que desapareceram em meio à guerra civil na Síria. Esta notícia foi partilhada pelo enviado especial dos EUA para a Síria, Tom Barrack, que expressou otimismo sobre a nova fase de cooperação.
"Trata-se de um avanço significativo. O Governo sírio concordou em ajudar os Estados Unidos a localizar e repatriar os cidadãos norte-americanos ou, se necessário, os seus restos mortais. As famílias de Austin Tice, Majd Kamalmaz e Kayla Mueller merecem a oportunidade de encerrar este capítulo", escreveu Barrack na rede social X.
Austin Tice, um jornalista, foi sequestrado em agosto de 2012 na região sul de Damasco, enquanto reportava sobre o conflito. O seu rapto nunca foi reivindicado, mas a sua família acredita que ele ainda está vivo.
Majd Kamalmaz foi capturado em 2017 durante uma viagem a Damasco. Por outro lado, Kayla Mueller, que trabalhava para o Conselho Dinamarquês para os Refugiados, foi raptada em Alepo em agosto de 2013. O Estado Islâmico afirmou que Kayla foi morta perto de Raqqa em fevereiro de 2015, durante um ataque aéreo da coligação internacional, mas o seu corpo nunca foi recuperado.
De acordo com Barrack, o Presidente Donald Trump deixou claro que a repatriação de cidadãos norte-americanos ou a digna honraria dos seus restos mortais é uma prioridade absoluta. O apoio do novo Governo sírio é visto como um passo importante neste compromisso.
Vale destacar que Ahmad al-Charaa, líder do movimento Hayat Tahrir al Sham (HTS), assumiu o poder após a deposição do anterior Presidente sírio, Bashar al-Assad, no final do ano passado.