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Estudo Investiga Impacto Emocional do Apagão na População Portuguesa

há 15 horas

Uma pesquisa inédita irá avaliar as reações emocionais e níveis de ansiedade gerados pelo apagão de 28 de abril, promovida por universidades do Porto e da Maia. Participe!

Estudo Investiga Impacto Emocional do Apagão na População Portuguesa

Uma nova investigação está a ser desenvolvida por uma equipa de investigadores das universidades do Porto e da Maia, que lançou um apelo à participação voluntária numa pesquisa destinada a avaliar as reações emocionais e os níveis de ansiedade provocados pelo apagão prolongado que ocorreu em Portugal no dia 28 de abril.

Os dados recolhidos visam aprofundar a nossa compreensão sobre como os indivíduos enfrentam adversidades, permitindo a formulação de estratégias de apoio psicológico em contextos de crise.

Este estudo insere-se num projeto de investigação financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), em colaboração com o Centro de Psicologia da Universidade do Porto (CPUP) e a Universidade da Maia (ISMAI). A investigação é parte do doutoramento de Maria Inês Moutinho, sob a supervisão dos psicólogos Carla Cunha e Tiago Ferreira, ambos especialistas em áreas relevantes para a saúde mental.

Em declarações à Lusa, Carla Cunha elucidou que o propósito deste trabalho é analisar as reações emocionais e comportamentais das pessoas durante situações de emergência. “Após o apagão de 28 de abril, notámos uma diversidade de respostas emocionais intensas de algumas pessoas. A doutoranda Maria Inês decidiu investigar enquanto a memória do evento ainda está fresca, focando-se na ansiedade, sintomatologia depressiva e nas reações comportamentais observadas”, explicou.

A participação no estudo é voluntária e consiste no preenchimento online de um conjunto de questionários que incluem dados pessoais de maneira anónima, com objetivo de caracterizar a amostra sociodemográfica e de saúde. Até ao momento, já foram obtidas cerca de 800 respostas.

Pessoas com 18 anos ou mais podem contribuir de forma anónima, fornecendo as informações solicitadas. A confidencialidade dos dados é assegurada, já que apenas os investigadores envolvidos terão acesso às informações, que serão utilizadas exclusivamente para fins científicos.

Os investigadores pretendem descortinar como as pessoas processaram mentalmente o apagão, quais foram as suas percepções e reações emocionais, assim como a evolução dessas reações ao longo do tempo à medida que novas informações surgiam.

Constatou-se que algumas pessoas perderam imediatamente o acesso à comunicação e à internet, enquanto outras mantiveram esses acessos, possibilidade que pode ter influenciado as diferentes respostas emocionais e comportamentais observadas.

“Queremos entender também quais são as necessidades das pessoas em se prepararem adequadamente para emergências, especialmente considerando as adversidades atuais que estão a ser enfrentadas, que podem incutir uma visão negativa face a essas situações”, concluiu Carla Cunha.

Tags:
#ApagãoEmocional #PesquisadeImpacto #SaúdeMental