O presidente do Conselho Europeu, António Costa, visita o Brasil para fortalecer parcerias com a UE e potenciar o acordo comercial Mercosul, num esforço estratégico conjunto.
António Costa, presidente do Conselho Europeu, embarca numa visita ao Brasil entre terça-feira e quinta-feira, com o objetivo de fortalecer as relações entre o Brasil e a União Europeia (UE) e de impulsionar a concretização do acordo comercial com o Mercosul.
De acordo com uma nota divulgada pelo Conselho Europeu, o antigo primeiro-ministro de Portugal estará presente em Brasília e São Paulo, numa viagem que simboliza uma nova dinâmica nas relações UE-Brasil e sublinha o papel estratégico do Brasil nas políticas europeias.
Durante a sua estadia, António Costa terá uma reunião com o presidente brasileiro, Lula da Silva. Juntos, discutirão o cenário geopolítico atual e as estratégias para maximizar os benefícios do Acordo UE-Mercosul, cuja negociação se concluiu em dezembro de 2024, conforme indicado na nota.
O encontro, além de centrado na cooperação política e económica, servirá para abordar os temas que vão marcar a presidência do Brasil na COP30, assim como prioridades comuns no combate às alterações climáticas, a promoção do comércio sustentável e as transições ecológica e digital, entre outros tópicos.
António Costa também participará no fórum inaugural de investimento UE-Brasil, que visa estabelecer um diálogo sobre "investimentos sustentáveis e de elevada qualidade".
O líder da instituição que representa os chefes de Estado e de Governo da UE frisou que "o Brasil é não apenas um amigo próximo, mas um parceiro estratégico vital para a UE, um interveniente global e um aliado crucial na defesa da democracia e do multilateralismo".
Com a ascensão de Lula da Silva ao cargo em 2023, as relações entre a UE e o Brasil ganham novo vigor, especialmente depois da conclusão do acordo comercial que, face às tensões com os Estados Unidos, assume agora uma relevância acrescida.
O acordo UE-Mercosul, um marco nas relações comerciais, será o maior do mundo, abrangendo 27 Estados-membros da UE e quatro países do Mercosul. Este pacto reunirá um mercado com 700 milhões de consumidores, representando uma quota significativa da economia global e da população mundial.