Política

Carneiro sem opositores na corrida pela liderança do PS

há 1 dia

José Luís Carneiro é o único candidato à liderança do PS após Mariana Vieira da Silva e Fernando Medina renunciarem a concorrer, numa tentativa de garantir a unidade do partido.

Carneiro sem opositores na corrida pela liderança do PS

Após a saída de Pedro Nuno Santos do cargo de secretário-geral do PS, marcada pelo terceiro pior resultado do partido nas eleições legislativas recentes, surgiram vários nomes como possíveis sucessores. Contudo, na passada quinta-feira, tanto a ex-ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, como o autarca de Lisboa, Fernando Medina, anunciaram oficialmente que não irão concorrer.

A decisão de Mariana Vieira da Silva e de outros potenciais candidatos, como Ana Catarina Mendes e Duarte Cordeiro, de se afastarem da corrida parece estar relacionada com a vontade de promover a “unidade” dentro do partido, permitindo que José Luís Carneiro avance como candidato único.

José Luís Carneiro, ex-ministro da Administração Interna, manifestou interesse em suceder a Pedro Nuno logo após a sua demissão. “Disponibilizei-me para servir o PS e o país”, afirmou, enfatizando a importância do diálogo contínuo com os associados enquanto se aguarda pelas decisões dos órgãos do partido.

No entanto, tanto Fernando Medina quanto Mariana Vieira da Silva partilharam a necessidade de uma reflexão profunda sobre a nova realidade política do PS. Medina, ao recusar a candidatura, destacou a importância de uma análise séria e lúcida do futuro do partido. Por seu lado, Mariana sublinhou que, ao optar por não se candidatar, pretende reforçar a unidade do partido, evitando divisões numa fase tão crítica.

Mariana, que inicialmente parecia uma forte candidata, declarou que a sua decisão foi influenciada pelo apelo à unidade e pela proximidade das eleições autárquicas. “Não devemos forçar uma disputa interna que possa prejudicar a reflexão necessária neste momento”, afirmou.

O atual presidente do PS, Carlos César, confirmou que irá propor eleições diretas para o cargo de secretário-geral, prevendo que estas sejam realizadas entre o final de junho e o início de julho. Esta proposta reflete a preocupação em endereçar a situação do partido no seguimento da saída de Pedro Nuno Santos e foi acolhida por várias figuras do partido.

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#UnidadePS #JoséCarneiro #EleiçõesImediatas