André Ventura alcança recorde de visualizações após hospitalização

A recente campanha eleitoral para as legislativas de 18 de maio foi marcada por um fenómeno notável nas redes sociais, com a publicação do presidente do Chega, André Ventura, a atingir um número recorde de visualizações. Após ser hospitalizado em Faro devido a um espasmo esofágico durante um comício, o líder do Chega fez uma publicação na plataforma Facebook que alcançou 3.322.952 visualizações.

Na fotografia, captada por volta das 8h40, Ventura aparece deitado numa cama de hospital, mostrando um "fixe" com a mão e utilizando um cateter, enquanto afirmou estar a ser "muito bem tratado" e a esperar alta nas próximas horas.

Esta publicação, a mais vista durante o período oficial da campanha eleitoral, que decorreu de 04 a 16 de maio, superou em muito as interações dos outros líderes partidários. Por exemplo, Inês Sousa Real, porta-voz do PAN, teve a segunda publicação mais popular com cerca de 646 mil visualizações, na qual aparece a celebrar a conquista de um campeonato de futebol com o seu gato.

Além disso, as mensagens de apoio de outros líderes, como Luís Montenegro do PSD, Rui Rocha da IL e Nuno Melo do CDS-PP, manifestaram-se em redes sociais. Montenegro, por exemplo, teve 193 mil visualizações na sua publicação de apoio.

André Ventura, durante toda a campanha, destacou-se como o líder partidário mais popular nas redes sociais, com números de visualizações frequentemente cinco a vinte vezes superiores aos dos seus concorrentes. Na última semana, Ventura atingiu quase 22 milhões de visualizações no Instagram e 13 milhões no Facebook, distanciando-se de outros líderes como Mariana Mortágua e Pedro Nuno Santos.

O problema de saúde de Ventura parece ter impulsionado um aumento considerável na sua visibilidade online, com as visualizações na sua conta do Facebook passando de cerca de 2,6 milhões para 13,8 milhões entre a primeira e a segunda semana da campanha.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o MediaLab do ISCTE estão a acompanhar a desinformação nas redes sociais durante este período eleitoral, com a colaboração da agência Lusa, prolongando-se a monitorização até 24 de maio.