Técnicos de Saúde Mobilizam-se por Reconhecimento e Condições Dignas

Os técnicos auxiliares de saúde iniciaram, à meia-noite de hoje, uma greve de 24 horas em todo o país, convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS). O objetivo é exigir a valorização da carreira, estabelecida há dois anos, mas que ainda carece de reconhecimento como uma profissão especial dentro do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em comunicado, a federação sublinha que os trabalhadores estão "fartos de promessas vazias" e reivindicam ações concretas que dignifiquem a sua função. “Vinte e nove mil trabalhadores não podem continuar a ser invisíveis”, ressaltam, apelando ao novo Governo que não ignore a relevância destes profissionais na garantia da qualidade dos cuidados prestados à população.

Além disso, hoje dá-se também início a uma paralisação dos trabalhadores de saúde que afecta as horas extraordinárias e as cirurgias adicionais, geridas pelo Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), com duração até 31 de dezembro. Esta greve é organizada pelo Sindicato Nacional do Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STTS) e tem como exigências a reposição dos pontos do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP), que foram retirados dos trabalhadores, afetando a progressão nas suas carreiras.

Os funcionários também pedem a regularização das avaliações de desempenho, o reconhecimento da Carreira de Técnico Auxiliar de Saúde como uma profissão de desgaste rápido, a contratação de mais profissionais e a implementação de subsídios de risco.

Durante este período de greve, serão assegurados os serviços mínimos nas áreas de quimioterapia e hemodiálise para os tratamentos já iniciados.