O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos solicita à Autoridade Regional que avalie a resposta da empresa após a fuga de amoníaco que evacuou a área.
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos solicitou hoje a intervenção da Autoridade Regional para as Condições de Trabalho, visando apurar se foram implementadas as medidas adequadas após uma fuga de amoníaco na empresa localizada na Madeira.
No comunicado enviado à imprensa, o sindicato expressou a sua preocupação em assegurar que os trabalhadores estão a receber a devida proteção e acompanhamento em termos de saúde e segurança.
Por volta das 14h00, a Proteção Civil da Madeira anunciou que a operação de socorro no Parque Empresarial da Zona Oeste, onde ocorreu a fuga, estava concluída. De manhã, o incidente levou à evacuação de cerca de 150 pessoas, incluindo trabalhadores e residentes próximos.
Richard Marques, presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, confirmou à Lusa que, sob a perspetiva de socorro, a operação terminou com o levantamento de certas medidas preventivas, como o perímetro de segurança de 300 metros estabelecido em redor da instalação.
A situação, que teve origem na Empresa de Cervejas da Madeira, foi reportada às 10h02 e resultou na retirada de 40 trabalhadores, dos quais 11 apresentaram sintomas relacionados com a exposição ao amoníaco, uma substância corrosiva e tóxica.
Marques acrescentou que, das 11 pessoas afetadas, apenas duas foram transportadas para unidades de saúde devido à gravidade dos seus sintomas, enquanto as restantes foram aconselhadas a dirigir-se aos serviços de urgência caso surgissem novos sinais de mal-estar.
Ainda não estão esclarecidas as causas deste incidente, tendo a prioridade sido garantir a segurança de todos. O presidente da Proteção Civil destacou que a ausência de vento impediu a necessidade de uma evacuação mais ampla da área circundante.
Para a "normalização das operações" na infraestrutura, será necessária uma avaliação técnica, a ser realizada por empresas especializadas, que decidirão sobre a limpeza e remoção dos resíduos do contaminante.
O local foi assistido por 15 veículos e uma equipa de 35 operacionais, incluindo os Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos, os Bombeiros Sapadores do Funchal, e outras forças de emergência como a PSP e a Cruz Vermelha Portuguesa.