A antiga nadadora Sharron Davies ataca o COI após a participação de Imane Khelif em Paris 2024, afirmando que a atleta estava ciente de sua biologia.
A nadadora britânica Sharron Davies, reconhecida como uma referência na natação, expressou a sua indignação, esta terça-feira, dirigida ao Comité Olímpico Internacional (COI) devido à presença de Imane Khelif nos Jogos Olímpicos em Paris 2024.
Davies, medalha de prata nos Jogos de 1980 em Moscovo, não se mostrou surpreendida com um relatório do jornal britânico The Telegraph que classificou Khelif como "um homem biológico", justificando a introdução de testes pela World Boxing.
“A verdade sempre foi evidente. Todos nós sabíamos que Khelif teve dois testes de sexo positivos e a responsabilidade disto recai sobre o COI. Quando assistimos às conferências de imprensa durante os Jogos do verão passado, as declarações de Tomas Bach foram inaceitáveis”, afirmou.
“Eles permitiram que homens cometessem atos de violência contra mulheres diante dos olhos de todos. Ignoraram os testes que haviam recebido um ano antes, alegando que não eram válidos, apesar de terem sido confirmados pelo US College of Pathology”, acrescentou.
Davies ainda afirmou: “As pessoas questionam a minha falta de empatia. A verdade é que Khelif sabia que era um homem biológico. Era consciente de que estava a enganar, possuindo uma vantagem desleal, e ninguém se preocupou com isso”, concluiu durante uma entrevista à estação britânica GB News.