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Rui Costa resiste à pressão e mantém-se: Assembleia Geral tumultuosa no Benfica

há 6 horas

Rui Costa reafirma compromisso com o clube durante Assembleia Geral onde orçamento é chumbado por 73,8%, dando voz a uma forte contestação por parte dos sócios presentes.

Rui Costa resiste à pressão e mantém-se: Assembleia Geral tumultuosa no Benfica

A Assembleia Geral ordinária do Sport Lisboa e Benfica, realizada no último sábado no Pavilhão da Luz, teve uma duração aproximada de seis horas e destacou-se pelo reprovamento significativo do orçamento para a temporada 2025/26. Durante a sessão, Rui Costa, presidente do clube, reafirmou a sua intenção de continuar no cargo, desconsiderando os pedidos de demissão manifestados por vários associados.

O clima na reunião, que se estendeu entre as 9h00 e as 14h40, foi marcado por acesas trocas de palavras e forte oposição ao atual líder, levando José Pereira da Costa, presidente da mesa da AG, a agendar as eleições para os órgãos sociais para o próximo dia 25 de outubro. O único ponto na ordem de trabalhos envolvia a análise do “orçamento ordinário de exploração, o orçamento de investimentos e o plano de atividades” propostos pela direcção.

Na sua intervenção inicial, Rui Costa não hesitou em realizar uma avaliação crítica do desempenho do clube, reconhecendo que, apesar de terem lutado por todas as competições, os resultados foram aquém das expectativas, com a conquista apenas da Taça da Liga. “Queremos mais e exigimos mais de nós próprios”, afirmou o presidente, que adiou a sua possível recandidatura para após o Mundial de Clubes nos Estados Unidos.

As vozes de contestação não se fizeram esperar, com intervenções de potenciais candidatos como João Diogo Manteigas e João Noronha Lopes, que clamaram por mais transparência na gestão do clube. Manteigas foi particularmente incisivo ao exigir a retirada de confiança em Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

Depois de uma declaração contundente de Mauro Xavier, que criticou severamente o plano da direção, o orçamento foi rejeitado por 73,8% dos associados presentes. Este desenvolvimento foi amplamente aplaudido, refletindo o descontentamento generalizado.

Enquanto alguns dos opositores ponderam lançar candidaturas, Martim Mayer e Mauro Xavier ainda não formalizaram as suas intenções. A discussão nas redes sociais aumentou, com figuras como César Boaventura a afirmar que "o Benfica é dos sócios e não do presidente".

A Assembleia concluiu-se com Rui Costa a resistir às pressões por uma demissão, defendendo a sua legitimidade para terminar o mandato, mesmo diante de uma nova onda de assobios e apelos ao abandono do cargo.

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#Benfica #RuiCosta #AssembleiaGeral